Nesta quarta-feira (11) funcionários dos Correios entraram em greve geral por tempo indeterminado. A greve foi decretada na noite desta terça-feira (10) em assembleias realizadas em diferentes estados do país.
Segundo o diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintect-SC), Claiton Santos, é provável que prazos para entregas de Sedex sejam prolongados – a estatal já tem remanejado pessoal para atender a demanda do serviço, considerado prioritário.
A Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect), por sua vez, afirma que, com base no histórico da categoria, entregas de correspondência, serviços bancários e remessas em todo o país devem ser afetados por prazo indeterminado.
Ainda não há uma determinação quanto às contas em atraso.
Atraso nas entregas
Caso a greve se prolongue, serviços de entrega devem ser prejudicados em todo o país – e em cidades que não contam com um centro de distribuição de grandes varejistas, mesmo os serviços privados devem ser afetados, pois várias empresas usam dos correios para fazer a última parte da entrega.
Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCE), 88% das lojas online do país dependem da estatal para fazer suas entregas, enquanto as grandes varejistas investem em centros de distribuição próprios para depender menos da estatal.
A categoria quer impedir a redução dos salários e de benefícios, e é contra a privatização da estatal, que foi incluída no mês passado no programa de privatizações do Governo Federal.
O reajuste salarial é um dos principais pontos reivindicados pela categoria. No entanto, os trabalhadores querem também a reconsideração quanto a retirada de pais e mães do plano de saúde, melhores condições de trabalho e outros benefícios.
Veja o que muda com a paralisação dos Correios
- Prazos para entregas de Sedex devem ser prolongados;
- Entregas de correspondência, serviços bancários e remessas devem ser afetadas;
- Entregas de grandes varejistas devem sofrer atrasos ou alterações.
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