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A Divisão de Furtos e Roubos da Delegacia da Comarca de Jaraguá do Sul apreendeu um carro clonado com registro de furto em Joinville. A descoberta ocorreu nesta semana, e é um desdobramento da operação que a Polícia Civil e o IGP (Instituto Geral de Perícias) realizaram em um ferro-velho localizado na rua Carlos Eggert, no bairro Vila Lalau, no dia 4 de janeiro. Há suspeita de que o veículo tenha sido adulterado naquele local.
O dono do estabelecimento, Elinor Elert, 50 anos, foi preso em flagrante por receptação qualificada (parágrafos 1 e 2 do artigo 180, do Código Penal) e assinou um termo circunstanciado por crime ambiental. Ele aguarda o julgamento do processo no Presídio Regional de Jaraguá do Sul, pois teve a prisão convertida em preventiva, para garantia da ordem pública.
Durante a varredura feita pelo IGP, uma carcaça de um Volkswagen Fox de cor prata foi descoberta em um canto do depósito. Os peritos conseguiram identificar a qual veículo aqueles materiais pertenciam. Ao fazer a consulta, os policiais civis da DFR descobriram que o veículo estava circulando em Jaraguá do Sul. Na quinta-feira (28), a atual dona do automóvel foi chamada para depor.
“Nós chamamos a atual proprietária do carro. A senhora comprou o veículo no final de 2017, emplacou, transferiu para o seu nome em 2018, passou por uma vistoria. Mas esse veículo foi identificado como um furtado em Joinville em 2017. Foi apreendido. Ela disse que sabia que o carro havia passado por reparos na oficina do Elinor Elert, mas não sabia que o veículo era adulterado”, conta o delegado titular da Divisão de Furtos e Roubos (DFR), Leandro Sales.
O delegado explica que a dona do automóvel comentou que sabia que ele foi batido, mas pensava que este seria de leilão. O homem que vendeu o carro para a mulher foi identificado. Ele está sendo investigado pela Polícia Civil. A intenção é saber qual sua participação no esquema e se cometeu algum crime. A identidade do investigado está sob sigilo para não atrapalhar o andamento do trabalho.
“O que nós temos de concreto é que foram transplantados os sinais identificadores de um veículo para o outro. Inclusive, é uma clonagem de um nível muito elevado de sofisticação”, ressalta Sales. Segundo informou, o automóvel passou por uma vistoria e o laudo final do IGP para saber qual é o grau de complexidade está sendo aguardado. “Mas, segundo informou o perito, é um grau elevado complexidade. Só foi possível chegar, acredita ele, em razão da gente ter encontrado partes do veículo na Latoaria e Pintura Elert”, conclui.
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Jornalista pós-graduado em investigação criminal e psicologia forense, marketing digital e pós-graduando em inteligência artificial.