Mãe recebe ameaças após sumiço de adolescente de 14 anos em São Bento do Sul

A adolescente Kemilly Dalla Valle Mendes, de 14 anos, está sem dar notícias para a família desde a tarde de domingo (2), em São Bento do Sul. Ela saiu de casa por volta das 15h dizendo que iria dar uma volta com um namorado.

A mãe, Cleanes Dalla Valle, que mora no bairro Brasília com Kemilly, a irmã e o padrasto, está desesperada. ”Ela [Kemilly] falou que iria sair com o suposto namorado. No entanto, quando liguei para ele às 18h, disse que teria terminado com ela e estava em Joinville, mas sem a garota”, relata a mãe, que trabalha em um hospital de Jaraguá do Sul.

Kemilly é considerada uma menina tranquila, segundo Cleanes. ”No último sábado (1º) ela até apresentou um projeto na escola onde estuda, a Global, que é instituição particular, e estava tudo bem”. A mãe mostrou preocupação e desabafou que tem “até medo do que pode vir por aí”.

Cleanes citou as ameaças recebidas por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp na manhã desta segunda-feira (3). O texto enviado diz que a filha está com os braços machucados por causa de cordas, ou seja, supostamente mantida em cárcere privado. O suspeito ainda pede para “não aglomerar” porque pode sobrar pra Kemilly.

“Só não aglomerem porque vai sobrar pra ela”, diz mensagem recebida pela mãe da garota no WhatsApp | Foto Reprodução

Ainda no domingo, a mãe tentou diversos vezes contato via telefone com a filha, mas as ligações não foram atendidas. Kemilly saiu de casa levando somente uma bolsa pequena sem os documentos pessoais. Ela estava vestindo jaqueta preta, um vestido cinza de manga longa, além de estar calçando botas. A garota, que cursa massoterapia em São Bento do Sul, tem 1,64 metros.

Kemilly cursa massoterapia em São Bento do Sul e tem 1,64 metros | Foto Reprodução

O boletim de ocorrência de desaparecimento foi registrado na Dpcami (Delegacia de Polícia da Criança, Adolescente, Mulher e Idoso) de São Bento do Sul no início da tarde desta segunda-feira. O responsável pela Dpcami, José Castilho, afirma que o caso ainda é tratado como desaparecimento.

“Já fizemos contato com colegas, fomos até a unidade onde ela estuda e, inclusive, temos nomes dos namorados os quais ela já teve. Agora estamos montando o quebra-cabeça para as investigações’’, relatou Castilho ao OCP News.

O delegado enfatizou que, apesar das ameaças, ainda não é possível dizer que se trata de um sequestro.

“Não há pedido de resgate, nem nada que comprove”, explica.

Qualquer informação que ajude na localização da jovem ou nas investigações pode ser passada no telefone 190 da Polícia Militar, 3647-0147 da Dpcami ou ainda no (47) 9.9111-5461, telefone do plantão da DP.

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