A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) promoveu encontro com lideranças empresariais e dirigentes de sindicatos patronais do Vale do Itapocu, alinhando diretrizes estratégicas para ampliar a representatividade e fortalecer o setor produtivo regional.
Durante a reunião, o vice-presidente regional da Fiesc, Célio Bayer, apresentou um panorama da indústria local, destacando dados sobre geração de empregos, número de estabelecimentos, perfil dos trabalhadores, projetos estruturantes e investimentos.
Segundo informações do Observatório Fiesc, a região concentra mais de 3 mil empresas industriais e emprega cerca de 60 mil trabalhadores. Os setores têxtil, metalmecânico, construção civil e alimentos lideram a atividade econômica.
“Nossa indústria é pujante e o desafio é elevar ainda mais o nível de competitividade, apoiando-se na inovação e nas novas tecnologias, para que este crescimento seja sustentável e com avanços sociais para a região. A Fiesc é o braço de apoio para que a indústria regional esteja alinhada às exigências do mercado nacional e internacional e às mudanças da geopolítica”, afirmou Bayer.
A gerente executiva regional do Senai, Sesi e IEL, Daren de Vargas Basso de Souza, destacou avanços na oferta de serviços sociais voltados à saúde, bem-estar e educação dos trabalhadores. Ela ressaltou a expansão de programas de saúde mental, gestão de atestados e capacitação conforme Normas Regulamentadoras, iniciativas que impactam diretamente na produtividade e qualidade de vida.
Na área da educação, Bayer enfatizou a importância da qualificação profissional como eixo estratégico para o desenvolvimento da indústria. Além da ampliação de cursos no SENAI e UniSENAI, a entidade fortalece parcerias com empresas e prefeituras em programas como o Qualifica, que já formou mais de 600 trabalhadores desde sua primeira edição a quatro anos.
Outro investimento relevante é a construção da Escola SESI de Referência, com aporte superior a R$ 49 milhões e conclusão prevista para junho de 2026.
O encontro integra a diretriz da nova gestão da Fiesc de ampliar a escuta estratégica junto às 17 vice-presidências regionais.
“A participação dos sindicatos e das entidades do ecossistema associativista é fundamental para diagnosticar os principais desafios. A escassez de profissionais técnicos, a dificuldade de atrair jovens para o mercado de trabalho e a necessidade de qualificação em competências digitais são pontos críticos para garantir retenção de talentos e preparar novas lideranças”, reforçou Bayer.