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Por que tantos casamentos acabam antes mesmo do divórcio?

Por: Dr. Hugo Martins de Oliveira

27/10/2025 - 13:10 - Atualizada em: 27/10/2025 - 13:29

Antes de pensarmos em educar os filhos, precisamos aprender a educar a conjugalidade. Porque a forma como o casal se trata é o alicerce “invisível” que sustenta ou desmorona a família, casamento, pois somos seres relacionais e como nós sentimos dentro desta relação é fruto de como nos tratamos dentro dela.

Temos visto cada vez mais casamentos disfuncionais resultando em divórcios emocionais (às vezes até dentro da mesma casa). E, em seguida, pais tentando se capacitar para criar filhos sozinhos.

Mas pais e mães não criam sozinhos. Eles formam juntos o espelho de identidade, segurança e amor dos filhos. E quando o casal perde a unidade, a lar perde o sentido.

O projeto conjugal que antecede o projeto de família

Antes de querer filhos(as), é sugerido que o casal tenha um projeto de vida conjugal. Porque sem ele, a relação se torna apenas uma sequência de fases emocionais, não um propósito compartilhado.

Como ensinam Henry Cloud e John Townsend, todo relacionamento saudável nasce de limites claros, vulnerabilidade, responsabilidade mútua e propósito comum.

Um plano de vida conjugal é o terreno fértil onde crescem:

  • A comunicação nas linguagens do amor;
  • O respeito nos momentos de conflito;
  • A reconstrução da admiração e da confiança;
  • A formação emocional dos filhos a partir da saúde conjugal.

Admiração: o termômetro da relação

Toda relação começa com admiração, que é a semente da conexão. Mas, com o tempo, ela pode se perder e quando isso acontece, desejo e respeito vão junto.

“Admiração é uma expectativa. E o tamanho da frustração é o tamanho da expectativa não atendida.”

Quando você espera algo que o outro não entrega, pode rejeitar até o que ele fez de bom, apenas porque não foi o que você imaginava. É nesse ponto que muitos casais começam a se afastar emocionalmente.

Reconstruir a admiração é voltar a enxergar o valor do outro com um coração ensinável. É dizer: “Eu posso não ter sido ensinável antes, mas quero ser agora para aprender a te amar de forma mais madura.”

Relacionamentos crescem quando ambos contribuem para suprir as necessidades um do outro, como se compartilhando e vencendo juntos os desafios de cada fase da vida.

O ego ferido e o desafio da convivência

Um egoista é, na verdade, alguém ferido. Alguém que um dia não foi protegido por quem deveria e agora tenta se proteger sozinho. Mas viver nesse modo de defesa é o mesmo que fechar o coração.

A cura começa quando você reaprende a ser quem é, sem perder sua individualidade, mas disposto a construir o “meu, dela e nosso”.

O cérebro, por natureza, quer economizar energia ele busca o caminho mais fácil, o hábito conhecido. Por isso, reconstruir a admiração exige energia e decisão consciente. Entre duas opções, a mente sempre vai querer o que gasta menos energia mas o amor verdadeiro é a escolha de continuar investindo mesmo quando exige mais esforço, como no altar, “na saúde e na doença” não é somente quando é conveniente, sim por ser coerente com o que é de valor.

Sem admiração, o relacionamento se torna pesado. Com ela, a relação se torna leve, atual e espontânea e cheia de propósito, de vida, com uma ambiente que flui o sentimento de pertencimento dentro do amor, todos nós nascemos para “sermos amados por quem nós somos”.

Um passo atrás, primeiro o casamento

Construir o plano de vida conjugal, é priorizar de dentro para fora a construção de famílias saudáveis e filhos emocionalmente fortes, este é o caminho a trilha dentro do plano de vida conjugal.

Invista em nutrir ou reconstruir a admiração, comunicando o amor ao cônjuge em cada etapa do plano, que não importa quem esta certo, sim os dois vencerem juntos e viver com propósito.

Porque antes de educar os filhos, precisamos educar o casal, o coração da casa.


Dr. Hugo Oliveira Médico, mentor, palestrante e especialista em inteligência emocional, ajudo pessoas a desenvolverem uma vida com propósito, identidade e equilíbrio entre corpo, mente e espírito. Minha missão é clara: transformar vidas através do autoconhecimento, da cura emocional e da liderança com valores.

Com uma trajetória marcada pela superação, inclusive de um câncer aos 14 anos, e uma carreira médica pautada pela excelência, combino minha formação em medicina com uma atuação intensa no desenvolvimento humano na Imersão Vida de Valor (VdV). Meu foco é despertar nas pessoas uma mentalidade imparável, inteligência emocional madura e clareza de propósito para viverem uma vida de valor.

Sou fundador do Instituto do Câncer Oliveira (@institutooliveirasc), em Joinville-SC, uma iniciativa que oferece apoio a famílias que enfrentam o diagnóstico de câncer, refletindo também meu compromisso com os princípios e valores cristãos que sustentam tudo o que faço.

Minha atuação se baseia em uma verdade essencial: uma vida que vale a pena ser vivida começa por dentro, sendo quem você é, sendo diferente, se sentindo bem e sendo inesquecível por onde passar.

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