Uma cobra coral-verdadeira, considerada a serpente mais venenosa do Brasil, foi localizada no quintal de uma casa em Jaraguá do Sul. O registro do resgate foi feito pelo biólogo Gilberto Ademar Duwe, da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama), e compartilhado nas redes sociais.
Segundo Duwe, o aumento das temperaturas nos últimos dias tem favorecido o aparecimento de cobras em áreas urbanas. Ao identificar a serpente, a família acionou a Fujama para garantir a segurança do animal e das pessoas, permitindo que ele fosse devolvido à natureza sem risco de ferimentos ou morte.
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Apesar de seu veneno potente, a coral-verdadeira não é agressiva. Costuma ser tímida e evita contato com humanos, escondendo-se entre a vegetação rasteira, buracos e pedras. A espécie é facilmente reconhecida pelo padrão de cores vibrantes, listras pretas, vermelhas e brancas, que funcionam como um alerta natural a predadores, fenômeno conhecido como aposematismo.
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O Instituto Butantan explica que o veneno da cobra coral-verdadeira atua no sistema nervoso, podendo paralisar músculos vitais, como coração e diafragma, caso ocorra uma picada. Os primeiros sintomas incluem dormência, visão turva e dificuldade de fala. Apesar de extremamente perigosa, a ocorrência de ataques é rara e, no Brasil, a ordem de maior risco de serpentes peçonhentas é: jararacas, cascavéis, surucucus-pico-de-jaca e, por fim, corais-verdadeiras.
Fica a dica!
Um detalhe curioso é que a cobra coral-verdadeira possui diversas “sósias”, conhecidas como corais-falsas. Estas imitam as cores e padrões da verdadeira, mas não oferecem risco, sendo um exemplo de mimetismo animal.
Especialistas reforçam que, ao encontrar uma possível coral em áreas urbanas, a recomendação é manter distância e acionar as autoridades competentes. Tentativas de captura ou diferenciação podem ser perigosas. Em caso de picada, é fundamental buscar atendimento médico imediato.