Plantas são belas aliadas da decoração e do bem-estar em casa, mas o que muita gente não sabe é que algumas espécies comuns podem representar sérios riscos à saúde dos animais de estimação. Cães e gatos, curiosos por natureza, podem morder ou ingerir folhas e flores que contêm substâncias tóxicas — e os efeitos vão de vômitos a problemas neurológicos e até a morte.
Segundo a médica veterinária Dra. Mariana Lopes, especialista em toxicologia animal, o número de atendimentos por intoxicação vegetal vem aumentando nas clínicas veterinárias. “Muitos tutores não sabem que plantas ornamentais como comigo-ninguém-pode, antúrio e lírio são altamente tóxicas. Um simples contato com a mucosa bucal ou ingestão de pequenas quantidades pode causar sérias complicações”, explica.
Entre as plantas mais perigosas para cães e gatos estão:
Comigo-ninguém-pode – provoca irritação oral intensa, salivação, dificuldade para engolir e vômito.
Lírios– extremamente tóxicos para gatos. Mesmo pequenas quantidades podem causar falência renal aguda.
Espada-de-são-jorge– pode causar náuseas, vômitos e diarreia em cães e gatos.
Antúrio– contém cristais de oxalato de cálcio, que provocam dor e inchaço na boca, além de dificuldades respiratórias.
Azaleia– tóxica para ambos, cães e gatos. Pode causar vômitos, diarreia, fraqueza e, em casos mais graves, coma.
Zamioculca – contém cristais de oxalato de cálcio. Pode causar irritação oral, dificuldade em engolir, náuseas e vômitos e inchaço na boca e na garganta.

Bastante utilizada na decoração de interiores, a Zamioculca é uma das plantas que não podem ser ingeridas por cães e gatos | Foto: Pixabay
A veterinária orienta que tutores busquem sempre informações sobre novas plantas antes de levá-las para casa. “Nem tudo que é natural é inofensivo. Se você tem um pet, pense sempre duas vezes antes de introduzir uma planta no ambiente doméstico”, alerta Mariana.
Em caso de suspeita de ingestão, é fundamental procurar atendimento veterinário imediatamente e, se possível, levar uma amostra da planta ingerida. O tratamento precoce pode ser decisivo para salvar a vida do animal.
Prevenção é o melhor remédio
Optar por espécies seguras como palmeira-ráfis, orquídeas e violeta-africana é uma alternativa para quem não abre mão do verde dentro de casa, mas quer manter seus companheiros de quatro patas fora de perigo.
*Com informações da revista Viver Bem