Um total de 119 povos indígenas vivem isolados no Brasil, mas apenas uma etnia está localizada fora da Amazônia. Apenas 37 deles, cerca de um terço, está em áreas com cuidados de restrição de acesso, demarcação territorial e proteção.
O levantamento foi feito a partir de trabalhos de campo e de informações da Funai e de outras entidades indigenistas. Atualmente, a fundação reconhece 114 registros de povos isolados.
O retrato dessa situação faz parte do livro Povos Indígenas Livres/Isolados na Amazônia e Grande Chaco, lançado na tarde desta quinta-feira (13), em Brasília, pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
O livro conta a luta em defesa dos Povos Indígenas Livres/Isolados, traz um balanço das regiões habitadas, reúne artigos que discutem marcos legais, direitos e políticas públicas, além de outros temas.
Há dois anos, por exemplo, o relatório Violência contra os Povos Indígenas registrou casos de invasões e danos ao patrimônio em 30 Terras Indígenas com a presença de comunidades isoladas.
Outros fatos mostram a urgência do tema. Desde o mês passado, a Funai monitora um jovem indígena isolado, da Terra Indígena Mamoriá Grande, no Amazonas, que interagiu com a sociedade não indígena em fevereiro. O indígena retornou à floresta e se reencontrou com a família, com ajuda da equipe da Frente de Proteção Etnoambiental Madeira-Purus. Os órgãos responsáveis apuram as razões desse contato.
Lançada nesta quinta, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a publicação sobre os povos isolados serve de apoio para a atuação das organizações indígenas e entidades indigenistas, organismos públicos e sociedade civil.
* Com informações da Agência Brasil
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