Entre 2004 e 2024, pedalei cerca de 26.000 km pelo Brasil, América do Sul, Europa e Ásia.
À primeira vista, a idéia de pedalar mundo afora pode parecer devaneio de aventureiros malucos. Esforço sem fim, falta de conforto e insegurança por estradas, picadas e cidades. Não é bem por aí. Aliás, é “muito pouco” por aí.
Viajar de bicicleta, além de ser uma das maneiras mais fantásticas de se conhecer o mundo – pelo contato direto e mais profundo com a cultura, o cotidiano, a natureza e as “figuras” com que se cruza – permite vivenciar-se a solitude e o silêncio, por longas e longas horas ao longo de cada percurso diário.
E isto é muito saudável, pois vivemos numa era de constante estímulo, onde o “barulho” da hiperconectividade, muitas vezes, encobre a nossa própria voz interior. Com notificações incessantes, compromissos apressados e a correria do quotidiano, o silêncio e a auto-convivência parecem tornar-se algo distante, até mesmo desconfortável.
E aí que está o “nó da questão”, pois é justamente no silêncio e na solitude (“sentimento de se estar só e conseguir aproveitar da própria companhia, não se sentindo sozinho de fato”) que reside uma das maiores riquezas que podemos experimentar: a conexão com nós mesmos.
Sim, a prática do silêncio e da solitude, principalmente, nesta era digital, se torna ainda mais necessária, pois estar-se constantemente conectado, presencial ou virtualmente, pode resultar em uma perda da capacidade de introspecção e de processamento profundo de emoções.
O silêncio e a solitude não são vazios. Eles estão repletos de possibilidades, de descobertas e de uma calma que raramente encontramos de outra forma
Assim, o hábito de se passar um tempo sozinho, sem vozes e distrações tecnológicas, fortalece a mente e promove uma relação mais saudável com a própria identidade.
Isto porque o silêncio e a solitude não são vazios. Eles estão repletos de possibilidades, de descobertas e de uma calma que raramente encontramos de outra forma. É no silêncio e solitude que damos espaço para que os nossos pensamentos se organizem, as nossas emoções sejam compreendidas e a nossa mente respire. A “dupla SS” convida-nos a pausar e a ouvir, não apenas o que está ao nosso redor, mas também o que há dentro de nós.
Quando nos permitimos ter “Momentos SS”, percebemos que eles são um refúgio. Neles, encontramos clareza para as questões que antes pareciam turvas e força para enfrentar os desafios que insistem em se apresentar, pois nos oferecem a oportunidade de escutar o que realmente importa, longe das distrações e do caos externo.
Sempre vale experimentar desconectar-se por alguns instantes, desligando o celular, fechando os olhos (que alguns chamam de “meditação”) e simplesmente … respirar !!! E prestar-se atenção ao ritmo da respiração, ao som natural do ambiente ou até mesmo ao bater do coração. Esses pequenos gestos de atenção plena ajudam a cultivar uma relação mais íntima com o momento presente.
Enfim, “Momentos SS” não exigem esforço. Eles não esperam que façamos algo, apenas acolhem-nos como somos, criando um espaço para o autoconhecimento e a introspeção.
E, muitas vezes, justamente nesses espaços de conexão com algo maior – seja a nossa essência, a nossa espiritualidade ou o simples fato de estarmos vivos – que as respostas que tanto procuramos emergem, quase como que … sussurros vindos do fundo da nossa alma.
Ah, quase ia me esquecendo: vá ao dicionário, explore a definição e procure praticar … o tal de “solilóquio” !!!
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𝕰𝖒𝖎́𝖑𝖎𝖔 𝕯𝖆 𝕾𝖎𝖑𝖛𝖆 𝕹𝖊𝖙𝖔
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