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Fome ou emoção? Descubra como identificar o que realmente está por trás da vontade de comer

Por: Priscila Horvat

22/10/2024 - 16:10

Dados do Ministério da Saúde mostram que 57,2% da população brasileira está acima do peso, e uma parcela significativa dessas pessoas enfrenta o efeito sanfona, provocado por dietas restritivas e ineficazes a longo prazo. Um fator importante nesse contexto é a fome emocional, uma das principais causas de insucesso em regimes alimentares.

A fome emocional se caracteriza pelo ato de comer para lidar com sentimentos como ansiedade, estresse, tristeza ou tédio, em vez de responder à fome física. Esse comportamento é um dos maiores responsáveis pelo ciclo de dietas frustradas e ganho de peso recorrente. Bruna Abrão, psicanalista e especialista em Fome Emocional e Neuroemagrecimento, destaca que, sem abordar esse aspecto, o emagrecimento definitivo torna-se inviável.

“Para que o emagrecimento seja definitivo, é fundamental olhar para as emoções e trabalhar a cura da fome emocional. Sem isso, as pessoas continuam presas em um ciclo vicioso de tentar mais uma dieta ou outra fórmula milagrosa”, afirma Bruna.

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Ela explica que as emoções muitas vezes são os gatilhos para a ingestão de alimentos, como uma tentativa de preencher vazios emocionais. Isso faz com que dietas focadas apenas na restrição calórica não tragam resultados definitivos.

Estudos indicam que a fome emocional está diretamente ligada a fatores psicológicos e que trabalhar esses aspectos pode ser transformador. Pesquisas da Sociedade Brasileira de Psicanálise mostram que até 80% das pessoas que buscam emagrecer de forma definitiva apresentam algum grau de fome emocional. Nos últimos cinco anos, cresceu o número de brasileiros que procuram ajuda terapêutica para lidar com essa questão.

A psicanalista reforça que o processo de cura da fome emocional é gradual e exige autoconhecimento. “O emagrecimento não começa pela alimentação, mas pela mente. Enquanto você não entender suas emoções e o que o leva a comer, não conseguirá mudar esse padrão. As dietas podem funcionar a curto prazo, mas sem tratar a causa, o peso retorna”, explica a profissional.

Ela também ressalta a importância de um acompanhamento multidisciplinar. “O tratamento envolve psicologia, psicanálise e, em muitos casos, apoio nutricional e físico. É um trabalho conjunto para mudar a relação com a comida e consigo mesmo. Vivi esse ciclo por 15 anos e só consegui o emagrecimento definitivo quando me dediquei a entender as emoções que me faziam comer. Não é sobre privação, mas sobre consciência”, declara Bruna.

Segundo a especialista, a fome emocional muitas vezes passa despercebida. “Reconhecê-la é o primeiro passo para romper esse ciclo. Quando você se permite olhar para dentro e tratar essas questões, o emagrecimento ocorre de forma natural e definitiva. É uma jornada de autocompaixão e transformação”, finaliza.

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Priscila Horvat

Jornalista especializada em conteúdo de saúde e puericultura.