A polêmica envolvendo a ginasta norte-americana Jordan Chiles, que perdeu a medalha de bronze em Paris, não chegou ao fim. A atleta voltou a se manifestar, lamentando a situação nos Jogos e sugerindo que a decisão do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) foi influenciada por sua cor de pele.
“A maior coisa que me foi tirada foi o reconhecimento de quem eu sou. Não apenas meu esporte, mas a pessoa que sou. Não se trata de medalha. É sobre a cor da minha pele. É sobre o fato de que houve coisas que levaram a essa posição de ser atleta”, declarou.
Chiles chegou a subir no pódio do solo nas Olimpíadas de Paris ao lado da campeã Rebeca Andrade e da também americana Simone Biles. Esse foi o primeiro pódio 100% negro da ginástica artística em Olimpíadas, marcado por uma simbólica reverência das americanas à brasileira. Porém, uma decisão judicial reverteu o resultado da prova.
Após uma audiência realizada pelo TAS em 11 de agosto, o órgão determinou que houve um erro no acréscimo de 0.100 à nota de Jordan Chiles. Esse aumento permitiu que ela ultrapassasse as romenas Ana Barbosu e Sabrina Voinea.
Sem o ajuste, Chiles caiu para a quinta posição, com 13.666 pontos, enquanto Barbosu e Voinea subiram para a terceira e quarta colocações, respectivamente, com Barbosu levando o bronze após desempate pela melhor nota de execução.