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5 intelectuais e cientistas estrangeiros que admiravam Dom Pedro II

Muitos intelectuais e cientistas admiravam Dom Pedro II

Foto: Pintura Pedro Américo/Domínio Público/Wikimedia Commons

Por: OCP News Joinville

30/08/2024 - 10:08 - Atualizada em: 30/08/2024 - 11:24

Dom Pedro II foi uma figura de grande destaque no cenário internacional durante o século 19. Sua postura erudita, seu amor pelo conhecimento e sua dedicação à cultura e à ciência fizeram com que ele mantivesse contato com diversas personalidades estrangeiras, estabelecendo uma vasta rede de correspondências com figuras proeminentes da época.

Essas interações não só elevaram o prestígio do Brasil no exterior, mas também demonstraram a admiração que muitas dessas personalidades nutriam pelo imperador.

 

Victor Hugo

Victor Hugo, o célebre escritor francês, é um exemplo de personalidade que mantinha um grande respeito por Dom Pedro II. A troca de cartas entre eles revela uma admiração mútua. Victor Hugo, conhecido por sua obra “Os Miseráveis”, reconhecia em Dom Pedro II um soberano iluminado e dedicado ao bem-estar de seu povo.

Em suas cartas, Hugo frequentemente elogiava a postura humanitária e o compromisso do imperador com as causas sociais, como a abolição da escravidão.

Richard Wagner

Outro nome importante com quem Dom Pedro II teve contato foi Richard Wagner, o renomado compositor alemão. Wagner, um dos maiores nomes da música clássica, recebeu o apoio de Dom Pedro II, que era um grande admirador de suas obras.

Em suas correspondências, Wagner expressou sua gratidão e surpresa pelo fato de um imperador sul-americano ter tamanho apreço por sua música. O incentivo de Dom Pedro II à cultura era evidente, e sua conexão com Wagner é um testemunho de seu gosto refinado e de sua vontade de promover as artes em seu país.

Louis Pasteur

A amizade e o respeito de Dom Pedro II também se estenderam ao mundo da ciência. Ele manteve correspondência com Louis Pasteur, o cientista francês que revolucionou a medicina com suas descobertas sobre os germes e a pasteurização. Pasteur via em Dom Pedro II um líder esclarecido, que não apenas se interessava pelas descobertas científicas, mas também as apoiava.

O imperador chegou a visitar Pasteur em seu laboratório, o que foi visto com grande respeito pela comunidade científica da época. Pasteur, em suas cartas, sempre expressou sua admiração pela inteligência e pelo interesse genuíno de Dom Pedro II em avanços científicos que poderiam beneficiar a humanidade.

Alexander Graham Bell

Dom Pedro II também trocou cartas com Alexander Graham Bell, o inventor do telefone. A curiosidade intelectual do imperador o levou a ser uma das primeiras pessoas no mundo a ter contato com a invenção de Bell. Durante a Exposição Universal da Filadélfia em 1876, Dom Pedro II foi o primeiro chefe de estado a experimentar o telefone, e sua reação entusiasmada (“Meu Deus, isto fala!”) tornou-se lendária.

A admiração entre Bell e Dom Pedro II era recíproca, e o inventor sempre teve grande respeito pelo apoio e pelo interesse que o imperador demonstrou por sua criação.

Charles Darwin

Outro destaque entre as personalidades que admiravam Dom Pedro II é Charles Darwin, o pai da teoria da evolução. O imperador manteve uma correspondência respeitosa com Darwin, interessando-se profundamente por suas ideias. Darwin, por sua vez, expressou respeito pela abertura de Dom Pedro II em relação a novas teorias científicas, algo que muitos líderes da época não tinham.

A troca de cartas entre os dois mostra um diálogo intelectual de alto nível, e o reconhecimento de Darwin pelo apoio de Dom Pedro II às ciências naturais.

Patrono da cultura, das ciências e das artes

Essas personalidades estrangeiras, cada uma em sua área de atuação, encontraram em Dom Pedro II não apenas um líder político, mas um verdadeiro patrono da cultura, das ciências e das artes.

A admiração que nutriram por ele se deve à sua busca pelo progresso, à sua curiosidade insaciável e à sua dedicação ao desenvolvimento do Brasil como uma nação moderna e respeitada no cenário internacional.

Dom Pedro II, por sua vez, valorizava esses contatos como uma forma de ampliar seus próprios conhecimentos e de promover o intercâmbio cultural e científico, sempre com o objetivo de beneficiar seu país.

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