Dom Pedro II foi o segundo e último imperador do Brasil, governando de 1831 a 1889. Ele é amplamente reconhecido por sua inteligência, curiosidade intelectual e paixão pela cultura.
Embora existam diversas controvérsias e até exageros em relação ao número de idiomas que o imperador falava, é certo que ele tinha grande curiosidade por diferentes línguas e travou contato em algum nível com cerca de duas dezenas.
Estima-se que ele era fluente em pelo menos seis delas: além do português, Dom Pedro II dominava o francês, inglês, alemão, espanhol e italiano.
No entanto, o imperador também estudava latim, sânscrito, grego, hebraico, árabe, provençal, russo, tupi-guarani, entre outras, e podia se comunicar nelas em diferentes níveis de proficiência.
Educação sólida
Esse vasto conhecimento linguístico é um reflexo de sua sólida educação e de seu compromisso com o conhecimento e a cultura.
Desde a infância, Pedro II recebeu uma educação exemplar, com tutores renomados em diversas áreas do saber. Seu pai, Dom Pedro I, abdicou do trono em 1831, quando Pedro II tinha apenas cinco anos, e a educação do jovem imperador tornou-se uma prioridade nacional.
O Conselho de Estado do Império assegurou que o príncipe tivesse acesso aos melhores professores disponíveis. Ao longo dos anos, Pedro II estudou não apenas as disciplinas tradicionais, mas também desenvolveu um grande interesse por línguas estrangeiras e clássicas.
Sua fluência em idiomas não era apenas um exercício acadêmico; Pedro II usava seus conhecimentos linguísticos para se comunicar diretamente com líderes e intelectuais de diferentes partes do mundo.
Ele mantinha correspondência em várias línguas e estava sempre disposto a aprender novos idiomas. Sua paixão pela linguística também se refletia em sua habilidade de ler e compreender textos em suas línguas originais, o que o ajudava a se conectar profundamente com as culturas estrangeiras.
Foto: Domínio Público/Wikimedia Commons
Projetos educacionais
Além de seu domínio linguístico, Pedro II foi um grande incentivador de projetos culturais e educacionais no Brasil. Ele acreditava firmemente que a educação era a chave para o progresso do país e, por isso, investiu em iniciativas que promoviam a ciência, a literatura e as artes.
Foi durante seu reinado que o Brasil viu a fundação de importantes instituições culturais, como a Biblioteca Nacional, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, e a Academia Imperial de Belas Artes. Pedro II não apenas patrocinava essas instituições, mas também participava ativamente de suas atividades, demonstrando um profundo compromisso com a cultura e a educação.
Pedro II também tinha uma veia artística. Ele escrevia poemas, alguns dos quais foram publicados sob pseudônimos, e fazia traduções de obras literárias.
Seu interesse por poesia era uma extensão de sua paixão pela literatura em geral, e suas traduções ajudavam a trazer obras de autores estrangeiros para o público brasileiro. Esse envolvimento com a literatura e as artes evidencia o quanto o imperador valorizava a cultura, tanto nacional quanto internacional.
Em suma, Pedro II foi um líder cuja educação e interesse pela cultura o tornaram uma figura singular na história do Brasil. Seu domínio de vários idiomas, sua dedicação a projetos culturais e sua produção literária refletem uma mente curiosa e um espírito comprometido com o desenvolvimento intelectual e cultural do país. Sua vida e legado continuam a ser uma fonte de inspiração para gerações futuras.
Quantas línguas Dom Pedro II falava?
Não há, portanto, um número exato de quantos línguas Dom Pedro II falava. Há, sim, uma certeza de que ele era um estudioso de diversas delas e falava fluentemente ao menos seis.