Quando uma mulher é desrespeitada, a sociedade é desrespeitada. Quando uma mulher é assediada, a sociedade é assediada. Quando uma mulher é estuprada, a sociedade é estuprada. Quando uma mulher é assassinada, a sociedade morre um pouco, com exceção dos agressores e coniventes.
A violência contra a mulher é uma triste realidade que tem se intensificado em todas as camadas de nossa sociedade. É uma mazela social que se manifesta de diversas formas, seja física, psicológica, sexual ou econômica, e que atinge as mulheres pelo fato de serem mulheres, sem distinção de idade, raça, classe social ou orientação sexual. É um problema enraizado em estruturas patriarcais e desigualdades de poder, que perpetua a subjugação e a violação de seus direitos.
Portanto, essa moléstia social, é reflexo de uma sociedade que ainda tolera e normaliza esse tipo de violência. É uma manifestação extrema da desigualdade de gênero e do machismo estrutural que permeia as relações sociais e institucionais.
É reflexo, outrossim, de posturas irresponsáveis e obscurantistas de representantes públicos que se apropriam de tribunas, de forma ilegítima, para promover o discurso do ódio contra as mulheres, como testemunhamos recentemente numa seção da Câmara de Guaramirim.
A cultura do silêncio, do estigma e da impunidade em torno da violência de gênero perpetua o ciclo de abuso e perpetua o sofrimento das vítimas. Na noite desta quarta-feira (14), a Polícia Militar atendeu mais uma ocorrência de tentativa de estupro em Guaramirim, de um tarado contra duas adolescentes.
É fundamental fortalecer a rede de apoio às mulheres em situação de vulnerabilidade, garantir o acesso à justiça e aos serviços de saúde e promover a igualdade de oportunidades e direitos para todos. A Rede OCP de Comunicação está junto nessa causa, pela igualdade de gênero, pelo respeito e pela justiça. Chega de violência contra as mulheres!
