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Abertura oficial da Safra Nacional da Maçã acontece neste sábado (24), em São Joaquim

Foto: Divulgação

Por: Elisângela Pezzutti

22/02/2024 - 15:02 - Atualizada em: 22/02/2024 - 15:13

Um dos principais polos produtores de maçã do Brasil, São Joaquim recebe neste sábado (24), o evento de abertura que oficializa o início da safra nacional da fruta para o ciclo 2023/2024. Atualmente, a pomicultura é um segmento importante do agronegócio no Sul do Brasil, onde estão presentes a agricultura empresarial e a agricultura familiar, gerando empregos e renda, e produzindo frutas de excelente qualidade para os mercados interno e externo.

Além disso, as tecnologias desenvolvidas e a capacidade de frigorificação garantem a oferta da fruta, preservando suas propriedades durante os 12 meses do ano para todos os mercados. Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Maçã e Pera (ABPM), a expectativa é que a safra deste ciclo tenha um crescimento de 5% em relação à anterior, destacando para uma colheita de excelente qualidade.

Para o presidente da ABPM, Francisco Schio, o evento em São Joaquim representa não apenas o início de uma nova colheita, mas também a continuidade dos esforços em prol do desenvolvimento sustentável e da qualidade do setor frutícola brasileiro.

“Apesar dos desafios que enfrentamos nos últimos três anos, por conta das condições climáticas adversas, só na safra de 2022/2023, em Santa Catarina foram produzidas 505 mil toneladas de maçãs. Aproximadamente 84% desta produção tem origem na Serra Catarinense, onde 2.676 pomicultores cultivam a fruta. Cerca de 78% destes produtores são pequenos agricultores familiares, sendo uma cultura com forte e positivo impacto econômico e social, capaz de promover desenvolvimento regional e da qualidade de vida no meio rural, oportunizando, inclusive, a permanência da juventude no campo”, explica o presidente.

Dados da Associação revelam que o Brasil possui pouco mais de 33 mil hectares de pomares de maçã, com um potencial produtivo anual superior a 1,35 milhão de toneladas e geração de mais de 120 mil empregos diretos e indiretos. Atualmente, a cada dez maçãs consumidas no Brasil, nove são nacionais. A fruta é a terceira de maior consumo no País.

O estado de Santa Catarina possui uma produção bastante concentrada em pequenas propriedades de até cinco hectares. Esta característica contribui para a diversidade e qualidade das maçãs produzidas na região. Informações da Food and Agriculture Organization (FAO) de 2022, mostram que o Brasil é o segundo maior produtor de maçãs do Hemisfério Sul e o 15º maior produtor mundial. Cerca de 60% da produção brasileira de maçãs é da variedade Gala, 35% de Fuji e 5% de outras variedades.

“A maçã não é apenas uma fruta popular no Brasil, mas também é reconhecida por seus benefícios nutricionais e propriedades medicinais. Seu consumo regular está associado à redução do risco de desenvolvimento de diversas doenças crônicas, como as relacionadas ao coração e ao câncer”, ressalta Schio.

Cerca de 60% da produção brasileira de maçãs é da variedade Gala, 35% de Fuji e 5% de outras variedades | Foto: Divulgação

Combate ao Cancro Europeu

O Cancro Europeu das Pomaceas é uma doença causada pelo fungo Neonectria ditíssima, introduzido no Brasil há alguns anos e que afeta principalmente as partes lenhosas da planta, como os ramos e o tronco principal.

O combate à doença na Serra Catarinense tem proporcionado resultados robustos e bastante positivos, sendo produto direto da grande dedicação de empresas de pesquisa, de autoridades e da própria comunidade produtora. O objetivo final é erradicá-la dos pomares catarinenses.

Em reconhecimento à dedicação e emprenho para o combate ao Cancro Europeu das Pomaceas, a ABPM e a Associação dos Produtores de Maçã e Pera (Amap) prestarão homenagem durante o evento para a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faesc-Senar), Secretaria Estadual da Agricultura e Pecuária, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) e Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc). Ações de conscientização, capacitação, pesquisa e desenvolvimento de técnicas de manejo realizadas por estes parceiros do setor produtivo têm sido fundamentais para o combate à doença.

Foto: Divulgação

 

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Elisângela Pezzutti

Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Atua na área jornalística há mais de 25 anos, com experiência em reportagem, assessoria de imprensa e edição de textos.