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Seja a Maria que não vai com as outras

Foto: Pixabay

Por: Andreia Chiavini

19/01/2015 - 15:01 - Atualizada em: 20/01/2023 - 15:03

É muito fácil distrair-se e olhar para o outro lado. Permanecemos distraídos o maior tempo possível, buscando algo que não encontramos. Tudo está organizado de maneira que essa distração se mantenha. Perdemos a noção de como mudar e vivenciar de forma genuína as experiências e as oportunidades. As prioridades ficam na prateleira como enfeites criando poeira.

Hoje vamos num casamento e não nos preocupamos com a felicidade dos noivos, mas fotografamos e postamos. Vamos num show e mal assistimos, mas filmamos. Os registros não são mais para lembranças póstumas, são para se encaixar no mundo virtual. Tenho certeza que a gente não quis ser assim, somos frutos do meio que vivemos e buscamos fazer parte.

Estamos nos moldando para seguir o fluxo e mudando nossos hábitos por estímulos externos que predominam, mesmo que se torne um peso no nosso dia a dia. Ser como os outros, gera uma dura cobrança e a falta de amor próprio. É muito difícil aceitar que o mundo está doente e que nós, seres humanos, nos transformamos em um problema, inclusive para nós mesmos. Queremos aparência e coisas fáceis sem interagir.

Quando a vida mostra os obstáculos, nos momentos mais delicados como a doença e a morte, percebemos que viver a vida sem dar atenção às perguntas mais importantes; Quem sou, Qual o sentido da vida, Por que estou sofrendo, o que vai acontecer, não é somente um erro, mas um verdadeiro absurdo. O corpo físico não suporta a distração da mente, e ele sofre. Sofre diariamente com tensões e cargas para carregar.

Quando nós, profissionais da saúde, queremos movimentar esse corpo doente para sair dessa inércia que se encontra, aparece a resistência, porque o que ele quer é a pílula milagrosa. O meio que vivemos vai dizer que não tem mais jeito, que seu corpo tem que parar e exagerar no cuidado e no medo, pois ele está doente.

Mas se você mudar sua mente e parar de acreditar no meio que te ensinou a aceitar essa crença, é possível mudar. Temos que perturbar essa crença, com ação, paciência, confiança e regularidade. É uma briga difícil, mas essa dor pode ir embora e novos resultados surgirão.

Seja a Maria que não vai com as outras e avalie melhor as suas escolhas.

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Andreia Chiavini

Fisioterapeuta especialista em Fisiologista do Exercício e Certificada em Pilates, TRX e RPG. Crefito: 77269-F.