“Os problemas de visão que afetam as pessoas”

A ambliopia é a supressão causada pelo pouco estimulo visual

Por: Lucas Vianna Figuêiredo

12/07/2019 - 10:07 - Atualizada em: 15/07/2019 - 11:54

A visão com nitidez depende que a imagem visualizada seja focada na retina e, para que isto ocorra, o olho utiliza de sua própria estrutura para que a formação da imagem seja adequada. A córnea e o cristalino são estruturas do olho que têm o poder de direcionar os raios dos objetos ao nosso redor para região responsável pela captação da imagem.

A imagem chega na retina, que possui uma estrutura especializada capaz de transmitir através de impulsos nervosos as informações bioquímicas para o cérebro, que as interpreta e dá formato ao que vemos. O olho humano é responsável pela captação das imagens do mundo ao nosso redor, mas é o cérebro o verdadeiro responsável pelo sentido da visão.

Os defeitos visuais existentes têm o termo técnico de ametropias. Quando os raios dos objetos que desejamos ver não se formam na retina, a imagem perde a nitidez e não é possível mais identificar letras à distância por exemplo. As ametropias, defeitos refrativos ou visuais, querem dizer a respeito dos problemas de visão que são amplamente conhecidos pela população.

Mas ainda hoje poucas pessoas realmente sabem o problema de visão que possuem como: miopia, hipermetropia e astigmatismo. E desconhecem os reais sintomas associados à falta de correção destes respectivos defeitos visuais ou ametropias. Por exemplo, nos pacientes que possuem miopia, o olho é habitualmente maior que o normal.

Desta maneira a focalização de um objeto à distância ocorre antes da retina, e a imagem fica borrada, já para perto a visão do paciente com miopia é normal. Hoje, segundo os maiores levantamentos, a prevalência da miopia varia de 11 a 36%, sendo menor em negros e maior nos asiáticos.

Apenas no Brasil o número estimado de pacientes míopes gira em torno de 22 a 72 milhões de indivíduos. A sua forma grave, conhecida como miopia degenerativa, está presente em 2 a 7 milhões de pessoas leva a lesões da retina graves, cursando com baixa de visão importante e progressiva.

Para focalização da imagem adequadamente, o especialista utiliza de lentes que classificamos como esféricas negativas (-), estas irão focar a imagem na retina central. Já na hipermetropia, o olho é menor que o normal, e a imagem se forma após a retina e também não é visualizada com nitidez.

Inicialmente a dificuldade visual é para perto, mas em graus moderados a altos pode ocorrer também diminuição da visão para longe. Os sintomas mais comuns são ao fim do dia e incluem dores de cabeça, cansaço visual e dificuldade de leitura.

A hipermetropia é um defeito visual muito prevalente, em torno de 68 milhões no Brasil, segundo levantamentos sobre as condições de saúde ocular realizada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Ela é mais comum na infância e tende a diminuir na adolescência e idades maiores.

O que é importante ressaltar sobre a hipermetropia é que, em crianças com menos de sete anos de idade, se não for realizado uma rotina de consultas oftalmológicas, mesmo em criança com bom desempenho escolar, e um dos olhos possuírem um grau baixo e outro um grau elevado, pode ocorrer mau desenvolvimento das regiões no cérebro responsáveis pela interpretação da imagem.

E, se não corrigido, o olho com alta hipermetropia para a idade pode não ter capacidade de visão ou apresentar uma deficiência visual permanente pelo baixo estímulo na vida adulta. Essa supressão pelo pouco estimulo visual é tecnicamente conhecida como ambliopia.

Os efeitos do astigmatismo

O terceiro defeito visual ou ametropia presente na população é o astigmatismo. Este problema de visão ocorre devido a irregularidades na superfície da córnea, ou alterações de sua curvatura. Nesta situação a visão pode ser prejudicada para longe e para perto, causando como sintomas mais comuns às dores de cabeça, dores oculares e intolerância a luz.

Um paciente pode ter apenas astigmatismo ou este estar associado à miopia ou hipermetropia, afinal uma pessoa pode ter um o olho de tamanho maior ou menor que o normal e também possuir irregularidades na superfície da córnea. Um paciente também pode, mesmo que menos frequente, possuir em um olho hipermetropia e em outro miopia, mas nunca possuir num mesmo olho estes dois defeitos associados.

A miopia e hipermetropia são corrigidas com lentes que classificamos como esféricas negativas e positivas respectivamente. O astigmatismo é corrigido através de óculos com lentes cilíndricas, que no Brasil, aparecem com o sinal negativo (-) nas receitas de óculos e sempre acompanhado de um eixo que varia de 0 a 180 graus.

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