Uma mulher, vítima de violência doméstica, utilizou de um meio inusitado para pedir socorro aos militares.
O caso aconteceu no último domingo (16), em Paranavaí, cidade do Noroeste do Paraná.
Segundo informações divulgadas pela Guarda Municipal, a mulher ligou para o número de emergência para pedir uma pizza.
Embora esse seja um código conhecido por vítimas de agressores, o operador informou que o número era da emergência.
A mulher confirmou que sabia desse fato e gostaria de fazer um pedido de pizza.
Percebendo que poderia ser um pedido do socorro, o operador ainda fez outra pergunta, para confirmar a situação.
Ele orientou que, se a vítima estivesse sendo agredida, que ela falasse que queria uma pizza com recheio.
A solicitante, então, respondeu que queria uma pizza com muito recheio.
De imediato, ele direcionou uma viatura para o endereço indicado.
Enquanto a equipe se deslocava até o local, o agressor tomou o celular da mulher.
Minutos antes, o filho do casal, de 11 anos, conseguiu pegar o celular e continuar na linha, falando com o operador.
O menino disse que ia esperar a pizza e ficou do lado de fora de casa.
Quando a guarnição chegou, questionou a criança sobre o paradeiro do agressor.
O menino informou que o pai estava dentro de casa, agredindo a mãe.
Os guardas entraram na casa e abordaram a vítima, que estava ofegante e chorando. Ela relatou ter levado chutes e socos.
Nas imagens, é possível observar que o homem estava sentado no sofá da sala quando os militares chegaram.
A mulher informou que tentou denunciar o agressor em outras ocasiões, mas ele sempre fugia antes da chegada dos policiais.
Para evitar que isso acontecesse novamente, ela teve a ideia de dizer que pediria uma pizza após ver relatos de situações semelhantes pela televisão.
O homem recebeu voz de prisão e encaminhado à Delegacia de Polícia.
Lá, ainda foi constatado que havia uma medida protetiva de urgência contra o autor.
A solicitante relatou que o ex-companheiro descumpriu a ordem de restrição e afastamento por inúmeras vezes, mas que ela não tinha forças para tirá-lo da residência.
Ele foi detido pela quebra da medida protetiva e por violência doméstica.
A gravação da abordagem foi registrada por uma câmera particular acoplada na farda do militar.
Se você precisar de ajuda, ou quiser denunciar um agressor, entre em contato com a Central de Atendimento à Mulher, através do número 180 ou pelo email [email protected]. O atendimento está disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana, e é gratuito.
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