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Vídeo: Polícia prende envolvido na venda de Ozempic falso em Jaraguá do Sul

Foto: Polícia Civil/Divulgação

Por: Claudio Costa

26/05/2025 - 11:05 - Atualizada em: 26/05/2025 - 11:18

Uma pessoa foi presa pela venda de Ozempic falso em Jaraguá do Sul. A prisão ocorreu durante uma operação realizada pela Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro (DLAV) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) nesta segunda-feira (26). Outra pessoa foi presa no estado de Goiás.

Além de Jaraguá do Sul, foram realizadas buscas em Catalão (GO), em Barra Velha e Canoinhas. O delegado Jeferson Prado, da DLAV, explica que foram cumpridas sete ordens judiciais de busca e apreensão e uma de prisão preventiva. A operação tem como objetivo coibir um esquema de adulteração de medicamentos e anabolizantes. Um dos medicamentos falsificado pelos investigados é o Ozempic.

“No lugar do Ozempic, os investigados colocavam uma caneta de insulina, alterando a aparência e toda a embalagem. Vítimas que utilizaram o medicamento chegaram a ser hospitalizadas e correram risco de morte por conta da queda abrupta da glicemia”, destaca o delegado.

“Na operação hoje, foram feitas duas prisões em flagrante pelo crime do artigo 273 do Código Penal [crime contra a saúde pública], considerado hediondo e com penas que vão de 10 a 15 anos de reclusão. Há a possibilidade de também de serem responsabilizados por crime de tentativa de homicídio na forma de dolo eventual”, completa.

A investigação começou após uma vítima sofrer complicações graves ao utilizar o medicamento para emagrecer falsificado. A Polícia Civil destaca que quem as pessoas que compraram os medicamentos e anabolizantes não devem fazer a aplicação. Além disso, aqueles que tomaram a medicação e passaram mal devem procurar a delegacia para fazer o registro.

O grupo criminoso obtinha medicamentos vencidos, removia as datas de validade reais e adulterava para datas ainda válidas. Uma gráfica participava na produção de caixas idênticas às originais dos medicamentos falsificados. A comercialização ocorria principalmente através de redes sociais, por preços abaixo dos valores praticados no mercado.

Com a operação, veículos de luxo e imóveis adquiridos com o lucro ilícito foram apreendidos para posterior reparação às vítimas. A Polícia Civil continua a investigação para identificar outros responsáveis pelo crime.

 

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Claudio Costa

Jornalista pós-graduado em investigação criminal e psicologia forense, perícia criminal, marketing digital, em inteligência artificial e pós-graduando em gestão de equipes.