Um vídeo gravado por um morador do Centro de Florianópolis na noite desta segunda-feira (12) mostra agentes da Polícia Militar (PM) agredindo dois homens aparentemente em situação de rua, que estavam deitados sob a marquise do prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), na Rua Marechal Guilherme. O incidente ocorreu por volta das 23h20min e envolveu ao menos seis policiais e três viaturas.
Nas imagens, é possível ver um dos agentes atingindo uma das vítimas com um cassetete nas costas enquanto ela tentava se afastar. Em outro momento, um policial chega a atear fogo em um papelão, aparentemente para queimar partes do corpo e do rosto de um dos homens, que se levanta e, visivelmente assustado, recolhe seus pertences antes de deixar o local.
Após a série de agressões, os policiais também deixam a área sem prestar qualquer tipo de assistência.
Em nota, a Polícia Militar de Santa Catarina informou que a situação será investigada “com o objetivo de apurar todas as circunstâncias envolvidas e individualizar eventuais condutas que possam configurar crime por parte dos profissionais envolvidos.”
A corporação afirmou ainda que, após a conclusão das investigações, o caso será encaminhado para apreciação do Ministério Público e do Poder Judiciário, como previsto na legislação vigente.
O que diz a Polícia Militar?
“A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), por meio do 4º Batalhão de Polícia Militar da Capital (BPM), informa que, a respeito de um vídeo que está circulando em redes sociais e sendo veiculado pela imprensa, trata dos fatos registrados durante ação policial na Rua Marechal Guilherme, no centro de Florianópolis, na noite desta segunda-feira (13).
Os devidos fatos serão objeto de inquérito policial militar (IPM), com o objetivo de apurar todas as circunstâncias envolvidas e individualizar eventuais condutas que possam configurar crime por parte de profissionais envolvidos.
A corporação esclarece que não compactua com qualquer tipo de excesso ou violência e que preza pela atuação dentro dos princípios legais, respeitando os direitos humanos e a dignidade de todos os cidadãos.”