O cabo Adriano Fietz completou recentemente o Curso de Operações Policiais com Cães da Polícia Militar de Santa Catarina. O PM que atua no 14º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Jaraguá do Sul, conversou com o OCP sobre a conquista que coroou uma década de atuação na corporação.
Fietz explica que já havia feito outros dois cursos na área de cinotecnia, um do Corpo de Bombeiros Militar, em 2016, e da Polícia do Exército, em 2019. Porém, o brevê conquistado pela Polícia Militar, com todos os ensinamentos da doutrina da instituição, foi um feito especial.
“Como todo treinamento de especializadas, você deixa de ter um nome e recebe um número. Você deixa todo o conhecimento, toda essa bagagem de outros cursos, de lado para virar um aluno. Tem toda a parte do treinamento de rusticidade e depois a especialização em si”, frisa.
O cabo destaca que os policiais militares que ele e outros 24 policiais militares realizaram o curso em São José, na Grande Florianópolis. Ao todo, foram 400 horas de instrução sobre adestramento de cães, escolha de filhotes, treinamento de obediência, guarda e proteção, busca e captura de fugitivos e treinamento de faro de drogas e explosivos, além de policiamento em eventos.
“Foi uma experiência muito produtiva, importante para o meu crescimento profissional e técnico. Algo que dá mais credibilidade para o trabalho do Canil. Vamos buscar melhorar o trabalho de qualidade que nós executamos. Lá, consegui ter experiências diferentes, ver a versatilidade de um cão. Por exemplo, aqui não temos áreas de favela como em Florianópolis. Também paramos em grandes partidas de futebol. Foram cenários que só o curso na Capital trouxe para o meu trabalho como policial militar”, pondera.
A formação no Curso de Operações Policiais com Cães veio em um bom momento. Agora, Fietz é o único policial militar cinotécnico, especialista no comportamento de cães para fins de treinamento, que atua no Canil do 14º BPM. O batalhão conta com outros policiais militares cinoténicos com o curso da PM, mas eles estão atuando em outras missões fora do trabalho com os cães.
“Nós temos outros policiais atuando no Canil com cursos na área de cinotecnia em outras instituições. Porém, não tínhamos ninguém com a especialização para o trabalho policial com cães dentro do Canil. O trabalho do Canil exige um preparo físico e mental”, comenta.
“É preciso ter a confiança que o cão vai desempenhar um bom trabalho. Muitas vezes, você vai entrar em uma área de mata para procurar um bandido que cometeu um assalto e está armado. E aí o cão vai te dar o sinal antes de você visualizar o marginal. O nosso equipamento tático é pesado e é preciso ter preparo físico para percorrer longas distâncias em terrenos difíceis”, completa.
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