A promotora de vendas conta que mora em Jaraguá do Sul há cerca de 13 anos.
Naquele dia, ela recebeu uma amiga de São Paulo para ir vestidas de frida, como é popularmente chamado o traje típico alemão.
As duas se arrumaram e, inclusive, tiraram fotos vestidas com a roupa.
“Depois da festa, nós fomos em um bar para comprar um bolinho de carne. Esse cara estava lá importunando as meninas que estavam trabalhando a noite inteira. Quando eu disse pra ele parar de importunar as garotas, ele falou: “Ah, cala a boca. Tu, como mulher preta, não tinha que falar nada e nem usar esse tipo de roupa’”, afirma.
A jovem afirma que ficou sem reação no momento em que aconteceu o fato. A irmã dela, que tem a pele clara, foi em defesa de Valéria e a Polícia Militar foi chamada.
O autor da injúria racial foi preso e encaminhado para a Central de Plantão Policial de Jaraguá do Sul.
“Eu me senti bem mal naquele momento e fiquei sem reação. Nunca havia passado por uma situação como essa. Eu falei com a minha irmã e ela voltou para falar com ele. Ele se alterou um pouco e eu comecei a ter uma crise de ansiedade. As meninas que estavam no bar acabaram me acolhendo”, conta.
“Eu espero que haja justiça, pois muitos casos como esse acabam passando batido e não é feito nada. Nós ficamos sem saber o que fazer. Muitas pessoas sofrem esse tipo de preconceito e acabam não levando isso pra frente. Eu realmente gostaria que fosse feita justiça”, completa.
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