Um vídeo de uma abordagem da Polícia Militar em Pomerode, no Vale do Itajaí. De acordo com a nota emitida pela 1º Pelotão da 2ª Companhia do 10º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo policiamento na cidade, a ocorrência aconteceu no domingo (22). De acordo com a PM, os policiais militares foram chamados para atender uma ocorrência de violência doméstica e dano.
“O ex-marido teria arrombado a porta da residência, com o objetivo de tirar o filho a força da casa da mãe”, diz o documento publicado na fanpage do pelotão no Facebook. De acordo com a PM, os policiais militares chegaram na residência e tocaram a campainha da residência da solicitante, mas não obtiveram resposta. Neste momento, chegou o pai com a intenção de devolver a criança.
O homem chegou dirigindo e bastante irritado. A Polícia Militar declara em nota que o homem exalava forte odor etílico, “além de outros sinais de embriaguez”. O pai saiu com a criança no colo e, de acordo com a PM, utilizou o menino de escudo humano para impedir a ação dos policiais militares. Com uso de armas de choque, os PMs imobilizaram o acusado e fizeram a prisão.
Confira a nota na íntegra:
“NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE OCORRÊNCIA POLICIAL:
Circula um vídeo pelas redes sociais que mostra apenas PARTE de toda a ação. Ocorre que, segundo relato dos policiais que atenderam a ocorrência, na tarde de 22 de janeiro de 2017 a guarnição policial militar foi acionada pela Central Regional de Emergência para atender uma ocorrência de violência doméstica e dano, sendo que o ex-marido teria arrombado a porta da residência, com o objetivo de tirar o filho a força da casa da mãe.
No momento em que a guarnição policial chega no local e tenta contato com a solicitante (tocando a campainha onde ninguém atendeu), o ex-marido chega dirigindo o veículo dizendo que queria devolver a criança que tinha pego anteriormente.
O ex-marido se mostrou bastante irritado querendo saber o que a polícia fazia no local e quem que havia chamado, querendo sair com seu veículo a todo instante, oportunidade que logo se constatou o odor etílico sendo exalado pelo ex-marido, além de outros sinais de embriaguez.
Observa-se que os policiais foram PACIENTES, CLAROS e LEGÍTIMOS em suas DETERMINAÇÕES, inclusive quanto à ordem para soltar a criança.
Houve desobediência e resistência por parte do autor (em vários momentos da ocorrência), que infelizmente se utilizava de uma criança (seu próprio filho) como ESCUDO para não acatar as determinações dos policiais e para se livrar das responsabilidades dos atos que até então cometeu.
A preocupação pela segurança e integridade física da criança era constante e o pai continuava a utilizá-la como escudo para não se submeter às ordens legais. Em alguns momentos onde o policial tentava conter o autor e fazer cumprir a LEI, o autor fazia movimentos bruscos e continuava a resistir, apresentando clara conduta de confrontamento.
Em determinado momento em que a posição do autor favoreceu uma ação policial, os policiais agiram para fazer cumprir a LEI e resguardar a INTEGRIDADE FÍSICA de todos os envolvidos, antes que a situação evoluísse ainda mais. Observa-se que a integridade física da criança foi priorizada, vez que foi imediatamente acudida e colocada em local seguro. A força física notória do rapaz, que usava seu próprio filho como escudo, trouxe, ainda mais, complexidade para a ocorrência, exigindo concentração e proporcionalidade na ação dos policiais.
A Polícia Militar é uma instituição séria, confiável, técnica e legalista. Em que pese à princípio não se vislumbrar ilegalidade por parte dos policiais segundo os relatos e imagens, será solicitada a instauração de procedimento investigativo para apuração dos fatos e das responsabilidades, inclusive dos eventuais comentários ofensivos e indecorosos que foram proferidos nas redes sociais de forma injusta e sem conhecimento de causa.”