Vídeo: Advogado afirma que médica estava preocupada com filho e agiu em legítima defesa ao tentar matar ex-marido em Jaraguá do Sul

Foto: Reprodução Redes Sociais

Por: Claudio Costa

15/08/2024 - 11:08 - Atualizada em: 15/08/2024 - 11:26

Uma médica está presa preventivamente após tentar matar o ex-companheiro em Jaraguá do Sul. A mulher, de 39 anos, alega que cometeu o crime em legítima defesa.

A reportagem do OCP conversou com o advogado da autora do crime para saber detalhes da tese de defesa.

O advogado Daniel de Mello Massimino explica que há uma disputa pela guarda do filho do ex-casal, de oito anos.

O defensor explica que dois sempre tiveram uma relação conturbada, antes e depois do casamento.

 

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Para ver o filho no Dia dos Pais, o pai, de 39 anos, policial militar licenciado no Mato Grosso do Sul, conseguiu um mandado de busca e apreensão e pegou o filho na escola na sexta-feira (9).

A criança deveria ser devolvida na unidade escolar na segunda-feira (12).

Massimino explica que a mãe realizou diversos contatos para saber como o filho estava no domingo (11). Porém, não obteve retorno sobre a situação do menor.

“Ela ficou muito preocupada com a situação do menino. Então, tomou a decisão de saber como ele estava. Essa decisão consistiu em ir até o local onde eles estavam hospedados”, destacou.

A arma utilizada na tentativa de homicídio é uma pistola calibre 9mm em nome da autora.

A médica tem registro como CAC (Colecionador, Caçador e Atirador) e não tinha autorização para portar a arma para o local, pois a utilização da pistola é vedada à prática do tiro esportivo em clubes.

“Ela fez o CAC no contexto da violência que ela sofria e do medo que ela tinha do ex-companheiro, policial militar. Ela foi ao local com essa arma com medo do que ele eventualmente pudesse fazer com ela. Ela levou a arma para se defender. Esse foi o contexto do porquê ela estar armada naquele momento”, frisa.

Confronto no apartamento

Massimino destaca que há um confronto entre as versões dadas pela cliente dele e a vítima sobre o que ocorreu no mezanino localizado em um condomínio, na noite de domingo (11).

O imóvel fica e localizado na rua Jorge Czerniewicz, no bairro Czerniewicz, que anteriormente abrigava um hotel.

Agora, os apartamentos são alugados através de plataformas na internet.

“Ela relatou que entrou no apartamento sem arrombamento e se deparou com ambos. Houve uma conversa, seguida de uma discussão e seguida de uma agressão”, conta o advogado, ao afirmar que o ex-companheiro esganou a autora. “Ela também tem lesões na face, tem lesões na mão, tem mordidas, uma série de lesões pelo corpo, que dão conta de houve uma luta corporal, e algum momento houve os disparos da arma de fogo. Segundo ela, isso foi uma consequência da agressão que sofreu”, completa.

Massimino rebate a versão dada pela vítima de que houve uma emboscada.

A, princípio, na versão contada pelo ex-companheiro, a médica se escondeu em um armário no imóvel e ficou de tocaia aguardando um momento oportuno para cometer o crime.

“Ele afirma que até teria atirado pelas costas no banheiro, de certa maneira. Isso não aconteceu dessa maneira. Eles estavam em uma briga”, sintetiza, ao destacar que os três disparos que atingiram o homem foram dados em um contexto de legítima defesa.

O advogado destaca que testemunhas afirmaram à Polícia Militar que ouviram uma discussão antes dos disparos.

Ele afirma que o conjunto probatório vai mostrar que a cliente agiu no intuito de inibir uma injusta agressão.

De acordo com o defensor, o menino está sob os cuidados de uma pessoa do convívio da família.

A autora continua presa preventivamente e a vítima internada no Hospital São José.

 

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Claudio Costa

Jornalista pós-graduado em investigação criminal e psicologia forense, marketing digital e pós-graduando em inteligência artificial.