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Tropa do 14º BPM começa a utilizar as novas pistolas Beretta 9mm em Jaraguá do Sul e região

Foto: 14º BPM/Divulgação

Por: Claudio Costa

25/11/2022 - 16:11 - Atualizada em: 25/11/2022 - 20:47

A tropa do 14º BPM (Batalhão de Polícia Militar) passou por um treinamento de adaptação com a nova arma da corporação. A Beretta APX calibre 9 milímetros passou a ser a pistola padrão no Estado e chegou nas mãos dos policiais militares que garantem a segurança de Jaraguá do Sul e região.

Segundo o comandante do 14º Batalhão, tenente-coronel João Carlos Benassi Borges Kuze, durante a semana, todos os policiais militares que atuam nos cinco municípios passaram por treinos de tiro com a pistola que substitui as Taurus PT 100 calibre .40.

“Assumi o comando há poucos dias e, quando cheguei aqui, tive a grata satisfação de ver que as armas já estavam no batalhão, inclusive com as munições para treinamento e serviço já disponíveis. Não restava outra alternativa senão tocar as instruções sob o comando do capitão Anderson Andrey, que havia feito a habilitação do armamento como multiplicador. Conversando com ele, fizemos a divisão do efetivo em turmas e, nessa semana, concluímos o treinamento dos policiais de Jaraguá do Sul, Corupá, Guaramirim, Schroeder e Massaranduba”, destaca o comandante.

Foto: 14º BPM/Divulgação

Kuze explica que o treinamento com a Beretta não está sendo classificado como uma habilitação, pois os policiais militares já são habilitados ao uso de pistolas semiautomáticas. Segundo ele, a instrução entrou no contexto da adaptação justamente por ser uma pistola diferente.

“Foi uma instrução um pouco mais simples, onde foram efetuados 30 disparos. Porém, o avançado significativo é na plataforma. A Beretta é a fábrica de armas mais antiga em funcionamento. Está ativa há mais de 500 anos e nós não tínhamos a expertise de uma fábrica de armas consagrada. A PM já adquiriu fuzis Sig Sauer, espingardas 12 gauge Benelli, mas prioritariamente eram armas da Taurus e, num segundo plano, da Imbel”, frisa o comandante.

Serviço operacional

As pistolas Beretta APX calibre 9mm adquiridas pela PM vêm no tamanho full size, um tamanho convencional para o serviço operacional. Porém, apesar de não ser do tamanho compacto, as armas têm um tamanho menor que a PT 100 e mais adequado para o porte velado.

“É uma arma que vai ficar muito bem para o serviço operacional e também para o policial que está de folga. Até porque a maior parte dos policiais são vitimados na folga, não em serviço. É quando o PM está sem colete, sem cobertura, sem radiocomunicação e sem um respaldo de um aparato maior. Além disso, temos as agências de inteligência, policiais que trabalham à paisana. Essa arma tem características que vão servir para essas duas situações”, sintetiza.

Calibre 9mm

O tenente-coronel Kuze destaca o avanço ao adotar o calibre 9mm. Segundo ele, essa a munição desgasta menos a arma que a calibre .40. Ou seja, o armamento demanda menos manutenção que o calibre anterior. Além disso, o recuo da nova munição é menor que o anterior, o que ajuda na pontaria.

Foto: 14º BPM/Divulgação

“É uma arma mais fácil de estabilizar. Se o policial consegue estabilizar melhor, consegue ser mais preciso na execução de disparos sequenciais. Isso é muito interessante para o nosso serviço, pois não fazemos nenhum tipo de visada em mais de 90% das situações que nós realizamos disparos num confronto. Por mais que treinemos fundamentos de tiro inicialmente, na hora o que vai importar muitas vezes é a estabilização da arma por conta do direcionamento natural, o que chamamos de tiro instintivo ou ponto natural de mira”, explica o oficial.

Outra vantagem apontada por Kuze é o tamanho menor do calibre. Com ele, é possível levar mais munição com menos espaço. O tenente-coronel destaca que o calibre 9mm perde muito pouco em penetração diante do .40. O tamanho da lesão também acaba sendo minimamente menor em comparação com o calibre maior.

“O resultado do .40 é um pouco melhor? A grosso modo é, pois penetra um pouco mais e tem um diâmetro de lesão um pouco maior. O que eu ganho quando falamos de balística terminal é a localização do disparo. É um disparo mais bem colocado e, ao fazer múltiplos disparos, ser mais assertivo”, finaliza, ao ressaltar o sistema striker fire da nova pistola, com manuseio mais simples.

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Claudio Costa

Jornalista pós-graduado em investigação criminal e psicologia forense, perícia criminal, marketing digital, em inteligência artificial e pós-graduando em gestão de equipes.