Por William Fritzke
Investigado pela morte da filha em Massaranduba, Maycon Konell foi preso pela Polícia Militar do Paraná pelos crimes de ameaça, estelionato e apropriação. Segundo informações do delegado André Beckman, o pedido de prisão se deu depois que o suspeito desapareceu do município, no início do ano, com o carro e cheques do companheiro.
Após algum tempo desaparecido, Maycon teria enviado mensagens em tom de ameaça ao ex, pedindo dinheiro, o que fundamentou o pedido de prisão. “Pedimos a prisão do Maycon há alguns dias e comunicamos as autoridades do Paraná, pois já havia a suspeita dele estar naquele Estado. A Polícia Militar, por meio da agência de inteligência, deu cumprimento ao mandado ao abordar o mesmo em Pitanga, onde ele foi preso e levado para o presídio da cidade”, informou o delegado. Nos próximos dias, Maycon deve ser transferido para Jaraguá do Sul.
Dois habeas corpus já foram negados nas primeiras instâncias e, nesta terça-feira (28), o advogado de defesa Flávio Laube impetrou o terceiro pedido Supremo Tribunal de Justiça em Brasília. Laube classificou a prisão como precipitada. “Foi precipitada, pois o Maycon não apresenta riscos à sociedade. Ele sempre teve defensor constituído e se apresentou todas as vezes que foi solicitado” afirmou o advogado.
Maycon é investigado por outro crime
Consta no pedido de prisão outra investigação em curso contra Maycon. No ano passado, a Polícia Civil de Massaranduba começou a investigar a morte da filha de Maycon, de dois anos e sete meses, ocorrida no dia 21 de outubro.
As investigações começaram após a polícia desconfiar da morte da criança, que não teve uma causa definida. Não bastasse a morte prematura da criança sem motivos definidos, outras duas pessoas da mesma família, a mãe e a avó da criança, morreram no mesmo ano, também por causas aparentemente naturais. As três morreram em sequência: a mãe em abril, a avó em agosto e a filha em outubro. Maycon é investigado pela morte da criança.
A defesa nega as acusações. Segundo Flávio Laube, a “execração” pública que ocorreu em Massaranduba, com comentários de boa parte dos moradores acusando Maycon pelas mortes, fez ele sair da cidade. Ele estaria em tratamento psicológico, muito abalado com toda situação e ainda em luto pelas perdas do ano anterior.
Segundo o delegado do caso, nas próximas semanas devem surgir novidades sobre o caso. Ainda se aguarda um laudo do IGP (Instituto Geral de Perícias) sobre um exame feito na criança após a morte. O resultado desse exame deve ser decisivo no caso.
