Subsede dos bombeiros no João Pessoa é referência para treinamentos no Estado

Estrutura é homologada pela Marinha, que realiza inspeções anuais no local | Foto: Cláudio Costa/OCP News

Por: Claudio Costa

12/03/2020 - 18:03 - Atualizada em: 12/03/2020 - 18:26

O imponente prédio da subsede do Corpo de Bombeiros Voluntários no bairro João Pessoa desperta dúvidas na população quanto ao seu uso. Por que não há guarnição permanente no local? O OCP buscou saber qual o uso da instalação localizada na rua Manoel Francisco da Costa, número 7.600.

O comandante da corporação, Neilor Vincenzi, esclarece que a base é utilizada para os treinamentos. O campo é homologado pela Marinha e referência em Santa Catarina, pois é utilizado por corporações do Sul e do Oeste do Estado.

“Todos os anos, a Marinha faz uma fiscalização para ver se a gente atende os pré-requisitos exigidos. Além dos bombeiros, o pessoal que trabalha em plataformas da Petrobras também realizam os seus treinamentos aqui”, comenta Vincenzi.

O Corpo de Bombeiros Voluntários aluga o campo de treinamentos para empresas e as outras corporações de Santa Catarina. Esse dinheiro acaba virando mais uma receita para a manutenção das atividades em Jaraguá do Sul.

O local pode ser utilizado para trabalho em altura (NR 35), trabalho em espaços confinados (NR 33), para brigadistas de empresas, resgate veicular, busca e resgate em estruturas colapsadas (BREC) e para a simulação de diversas situações encontradas em incêndios.

“Nós ainda estamos levando toda a estrutura de treinamento de busca e resgate em estruturas colapsadas para a subsede de Nereu Ramos, onde também fica o campo de simulação de acidentes com produtos perigosos”, comenta.

A própria corporação realiza diversos treinamentos para os bombeiros de Jaraguá do Sul no local. Vincenzi lembra que a simulação ajuda a melhorar a qualidade do atendimento em situações reais vividas pelos voluntários.

“O treinamento é importante para que o bombeiro saiba como lidar com os imprevistos que são encontrados durante a ocorrência. Com isso, a gente vai conseguir trabalhar com muito mais facilidade em uma situação real”, sintetiza.

Pouca demanda

O Corpo de Bombeiros Voluntários realiza, em média, um atendimento a cada 24 horas na região do João Pessoa. O comandante destaca que essa demanda acaba não justificando a presença de uma equipe de socorristas na subsede localizada naquele bairro.

A estrutura foi criada em 2003, quando a corporação jaraguaense tinha um convênio com a Prefeitura de Schroeder | Foto: Cláudio Costa/OCP News

A estrutura foi criada em 2003, quando a corporação jaraguaense tinha um convênio com a Prefeitura de Schroeder. Com a fundação do Corpo de Bombeiros Voluntários na cidade vizinha em 2009 e o início das atividades em 2011, começaram a cair as ocorrências na região atendidas pela subsede.

“Fica complicado manter uma estrutura de atendimento naquela subsede por causa do baixo índice de ocorrências. Até 2003, boa parte da Manoel Francisco da Costa era de estrada de chão e com muitos buracos. Hoje, com o asfalto, o tempo resposta continua praticamente o mesmo da sede do Centro”, observa.

Para manter uma equipe de prontidão durante 24 horas, seriam gastos cerca de R$ 42 mil mensais, fora os gastos com água, luz e estrutura da manutenção. O comandante acrescenta que a presença das equipes diminuiu até que não ocorrer mais.

“Se essa demanda aumentar, vamos monitorar e colocar uma guarnição naquela região. Hoje, temos uma parceria muito boa com Schroeder, que, em situações mais graves, dão uma primeira resposta aos atendimentos”, finaliza.

 

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