Subcomandante do 14º BPM já viajou mais de 200 mil quilômetros de motocicleta

Ao fundo, o vulcão Lanin, na Província de Neuquén, Argentina | Foto Divulgação/Arquivo Pessoal

Por: Claudio Costa

18/10/2019 - 15:10 - Atualizada em: 19/10/2019 - 11:40

A série “Além da Farda” vai trazer um pouco sobre a vida daqueles que cuidam diariamente da segurança da comunidade de Jaraguá do Sul e região.

A ideia é mostrar um lado inusitado ou desconhecido sobre policiais, bombeiros, delegados e outros agentes.

A primeira reportagem traz um pouco da paixão pelas motos nutrida pelo subcomandante do 14º Batalhão de Polícia Militar, o major Aires Volnei Pilonetto.

A história dos 200 mil quilômetros percorridos pelo oficial da PM no Brasil, Uruguai, Paraguai Argentina, Chile, Bolívia e Peru começou por acaso na então 3ª Companhia do 8º Batalhão de Polícia Militar, em 1994.

Com a moto no morro onde hoje fica a sede do 14º BPM

Na então 3ª Cia do 8º Batalhão de Polícia Militar, hoje 14º BPM | Foto Divulgação/Arquivo Pessoal

O primeiro contato do na época soldado Pilonetto com uma motocicleta foi com a popular Garelli.

“Nós tínhamos que fazer a movimentação dos veículos apreendidos no quartel, de onde é o batalhão até onde hoje fica a Defesa Civil do Estado. A primeira vez que eu subi em um veículo motorizado de duas rodas foi nessa ocasião”, comenta.

A primeira motocicleta adquirida por Pilonetto foi uma Yamaha RD 135. Ele foi até Joinville para comprar um carro, mas acabou encontrando a moto praticamente nova em uma revenda.

Com o dinheiro que tinha, acabou levando a motocicleta e algumas viagens não muito longas foram feitas.

Pilonetto na moto, em frente a uma casa

RD 135, a primeira motocicleta adquirida por Pilonetto | Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

Como o soldado Pilonetto tinha acesso a uma motocicleta, ele foi escalado para fazer o patrulhamento com esse veículo.

A atividade não tem nada a ver com o que hoje é a Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas), mas marca o início do trabalho com motos na PM em Jaraguá do Sul.

E, com isso, o fascínio pelas motocicletas surgiu. Tudo em um evento muito conhecido pelos jaraguaenses, o Motogiro.

O ano era 1995 e Pilonetto foi enviado para fazer a recepção dos motociclistas no trevo do antigo Hotel Etalan.

“Eu estava ali vendo as máquinas potentes chegando e isso me chamou a atenção. Isso me despertou o sonho de um dia ter uma moto grande. No dia seguinte, nós fizemos o passeio e aí fizemos o serviço de batedor das motos com umas CG 125 até o Parque da Malwee”, lembra.

Ele recorda que, mesmo fazendo o trabalho de batedor do desfile com uma moto humilde, os motociclistas respeitavam muito os policiais militares.

Para Pilonetto, foi uma questão de tempo até despertar a paixão pelas grandes distâncias.

O início das grandes viagens

Com amigos e motocicletas, parados na estrada, com placa de transito e vegetação

Na XT 660, ele atravessou o Brasil em 2008 | Foto Divulgação/Arquivo Pessoal

Com a RD 135, Pilonetto conheceu o Litoral de Santa Catarina e foi até Curitiba, mas as grandes distâncias começaram em 2001 com uma Honda NX 400 Falcon.

O primeiro “tiro longo” ocorreu no ano seguinte, após se formar no Curso de Formação de Oficiais.

O aspirante a oficial foi visitar uma irmã no Norte de Minas Gerais. Naquela mesma viagem, foi até Brasília.

“Eu fui conhecer a Explanada, fui para Goiânia, segui até Cuiabá, no Mato Grosso do Sul, e em Bonito. Na volta, passei por Cascavel e pelo Rio Grande do Sul para depois voltar para cá”, conta.

No fim de 2007, Pilonetto comprou a Yamaha XT 660 para, em 2008, atravessar o Brasil.

Ao lado de dois amigos, o major passou por 13 estados para realizar um triângulo de 10 mil quilômetros, que partiu de Santa Catarina, passou pelo Pará, foi até o Maranhão e retornou para SC.

As viagens para fora do Brasil

Pilonetto e a esposa, Patrícia, em uma rodovia argentina, sentados no asfalto com a moto ao fundo

Em uma das viagens ao lado de Patrícia, na estrada RN76, Província de La Rioja, Argentina | Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

O então capitão Pilonetto fez a primeira viagem internacional para Ushuaia, na Argentina, no fim de 2012.

Com três amigos, ele foi para a Terra do Fogo e percorreu cerca de 10 mil quilômetros. A experiência das viagens longas pediu uma motocicleta maior. Em 2015, o já major comprou a BMW GS Adventure 1200 R.

A BMW levou-o a percorrer mais de 85 mil quilômetros. Pilonetto conta que fez algumas viagens longas e também o projeto Fazedor de Chuva, onde pretende visitar todos os municípios de Santa Catarina pilotando a máquina.

“A Primeira viagem que eu fiz foi com a minha mulher, Patrícia, e outros dois amigos para Buenos Aires e Montevideo. Fui pelo Oeste e retornei pelo litoral do RS. Depois, visitei seis pontos da Cordilheira dos Andes com minha esposa, entre a Argentina e o Chile”, comenta.

Em outra aventura, Pilonetto e a mulher foram para o deserto do Atacama, no Chile.

Pilonetto, a moto e a Explanada, em Brasília

Lembrança da viagem à Brasília, na NX Falcon | Foto Divulgação/Arquivo Pessoal

A turnê seguinte passou pela Argentina, Chile e chegou até a Bolívia, voltando por Assunção, no Paraguai. Cada uma das quatro viagens durou cerca de 10 mil quilômetros.

Na sequência, outra viagem foi feita para o Chile e o Peru, quando voltou pelo Acre e retornou para SC.

“Essas saídas, essas viagens, sempre proporcionam uma recarga das energias para o dia a dia, além da oportunidade de conhecer outras culturas”, garante.

 

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