Reportagem de Verônica Lemus para o jornal O Correio do Povo.
Sem acordo com a Prefeitura, os servidores públicos municipais de Jaraguá do Sul decidiram permanecer em greve, iniciando na segunda-feira (20) a terceira semana de paralisação. A categoria também decidiu não atender à decisão liminar da Justiça, que pediu o retorno integral dos serviços na Saúde, Educação e Assistência Social e de 60% dos servidores do Samae e 50% do setor de Tecnologia da Informação.
Em assembleia nesta sexta-feira (17) à noite, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Vestuário (STIV), a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinsep) informou à classe que, apesar de o comando de greve ter sido convocado pela Prefeitura para reunião de negociação na tarde de sexta-feira (17), no encontro a administração apenas reiterou a argumentação em defesa do pacote de cortes.
“Foi mostrado com números que não tem necessidade dos cortes, e ficou claro que não é só uma questão contábil, mas, sim, de retirar nossos direitos”, relatou o presidente do Sinsep, Luiz Cezar Schorner, aos servidores. Tanto Schorner como demais membros do comando de greve que estiveram na reunião descreveram a postura do governo como “indiferente” à situação e suas consequências para os munícipes, que precisam do serviço público.
“Todos (do comando de greve) pediram qual a dificuldade (para o prefeito, Antídio Lunelli) em retirar os projetos (da Câmara) e negociar com a gente, mas o prefeito não respondeu, só disse que não podia retirar, mas não o porquê”, narrou o presidente. A diretoria do sindicato acrescentou que, momentos depois de ter marcado nova reunião com a categoria na segunda-feira, às 14h, o prefeito e secretários que o acompanhavam pediram para se ausentar do local, mas o prefeito não retornou. Na volta, o secretariado informou que a reunião recém agendada estava cancelada.