O sequestrador do ônibus da Viação Sampaio, Paulo Sérgio de Lima, foi transferido nesta quarta-feira (13) da 4ª Delegacia Policial, no Centro do Rio de Janeiro, para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, zona norte da capital, onde permanecerá até a audiência de custódia.
Lima sequestrou o ônibus que sairia na terça (12), às 14h30, da Rodoviária Novo Rio com destino a Juiz de Fora (MG) e manteve 16 pessoas reféns durante três horas. Ele atirou no funcionário da Petrobras, Bruno Lima da Costa, de 34 anos, ferido no tórax e no abdômen.
Bruno foi transferido do Hospital Municipal Souza Aguiar, onde foi operado ainda ontem, para o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), hospital de referência para cirurgias cardíacas de alta complexidade, vinculado ao Ministério da Saúde. O estado de saúde de Bruno ainda é considerado grave.
A investigação conduzida pelo delegado Mário Andrade, da 4ª DP, quer esclarecer se o sequestrador pertence de fato ao Comando Vermelho, como informou à polícia, dizendo que estava fugindo porque tinha sido descoberto pelo tráfico.
Procon
O presidente do Procon Estadual do Rio de Janeiro, Cássio Coelho, alertou nesta quarta sobre os direitos dos passageiros afetados pelo sequestro do ônibus. Segundo Coelho, o consumidor que não conseguiu embarcar deve entrar em contato com as empresas para solucionar o problema.
Caso a empresa não resolva o impasse, o passageiro poderá solicitar a devolução do valor pago na passagem ou remarcação da viagem. De acordo com o Procon-RJ, essa medida deve ocorrer dentro do prazo de validade do bilhete de passagem, que é de um ano, a contar da data da primeira emissão. É proibida qualquer cobrança de taxa ou de multa.
O consumidor pode ainda buscar o auxílio do Procon-RJ e apresentar uma reclamação pelo site www.procon.rj.gov.br.