Sem uso de cadeirinha, bebê arremessado em acidente permanece em estado grave na UTI em Joinville

Por: OCP News Jaraguá do Sul

16/04/2018 - 18:04 - Atualizada em: 16/04/2018 - 18:53

Vítima de um acidente de trânsito na BR-280, em Guaramirim, um menino de apenas oito dias de vida foi transferida e permanece internada em estado grave no Hospital Infantil Doutor Jeser Amarante Faria, em Joinville. O recém-nascido foi projetado do veículo durante um acidente, na última sexta-feira (13), por estar sem a cadeirinha, item se segurança obrigatório para crianças até os sete anos e seis meses.

O menino está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), entubado e respirando com a ajuda de aparelhos. Desde a internação na unidade, não houve nenhuma alteração significativa no estado de saúde. O hospital não repassou mais informações sobre o estado clínico, mas, segundo os socorristas, a criança foi resgatada com traumas no crânio e no tórax.

Segundo testemunhas, um Fiat Siena foi atravessar a pista para entrar no bairro Corticeira e foi atingido na lateral por um Chevrolet Monza, onde estava a criança. Com a batida, ela foi projetada para fora do veículo. Outras quatro pessoas foram atendas por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros Voluntários de Guaramirim. Uma jovem de 19 anos, um garoto de 11 anos, uma mulher de 42 anos e um rapaz de 18 anos foram levados com ferimentos leves e em estado estável para o hospital.

Uso da cadeirinha é importante

Segundo informações de testemunhas, não havia cadeirinha no veículo que transportava o bebê. O chefe do Núcleo de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal em Santa Catarina, o inspetor Carlos Possamai, explica que o equipamento é de extrema importância quando o veículo está em trânsito. O dispositivo que poderia ter evitado a projeção da criança para fora do automóvel. A cadeirinha ainda evita que a criança seja sacudida por solavancos.

“A cadeirinha é uma adaptação dos sistemas de segurança do veículo. Os sistemas de segurança do veículo são desenvolvidos para o tamanho médio de altura do brasileiro. As crianças não são como adultos em miniatura, elas têm uma configuração corporal e fisiológica diferente. Esses equipamentos de retenção são adaptados para isso”, pontuou Possamai ao destacar que o equipamento pode evitar lesões em pequenas colisões. “Em acidentes mais graves, como no caso ocorrido Guaramirim, com a projeção de uma criança para fora do veículo, isso pode gerar lesões gravíssimas ou até a morte”.

Possamai reitera que, no caso de amamentação, por exemplo, é preciso parar o veículo em um local seguro. Há também a possibilidade de crianças maiores quererem retirar o equipamento. Caso isso ocorra, é preciso parar o veículo e advertir o menor. O não uso da cadeirinha pode gerar uma multa gravíssima de R$ 293,47, além de sete pontos na carteira. O veículo é retido até que o proprietário instale a cadeira correta.