Um relatório da Organização Não Governamental “Stop Hate Brasil” apontou o crescimento do número de bandas extremistas no Brasil, com 125 bandas em todo o país – quatro delas de Santa Catarina.
A informação foi divulgada pelo programa Fantástico no último domingo (26).
O estado com o maior número de bandas é São Paulo – são 45 grupos – seguido pelo Paraná, com 11, e o Rio de Janeiro, com sete.
Segundo o relatório, há quinze anos as chamadas bandas de NSBM (National Socialist Black Metal) eram 45.
Somados, os 125 grupos lançaram mais de 650 álbuns; alguns dos grupos têm parceria com bandas neonazistas de outros 35 países, e vários deles seguem disponíveis em apps como Spotify.
O Spotify afirma que as regras da plataforma não permitem conteúdos que promovam ou apoiem o terrorismo ou extremismo violento, e que, depois do contato pelo programa televisivo, foi feita uma revisão e várias músicas foram removidas por violar as políticas da plataforma.
O relatório apontou também o envolvimento de várias destas bandas com um grupo de ódio no Telegram chamado “Terrorgram”. Um brasileiro de Belo Horizonte, chamado Ciro Daniel Amorim Ferreira, é um dos administradores do grupo. O canal seria usado para recrutar jovens para ações extremistas violentas.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais, Ciro tem passagem por furto, lesão corporal e cárcere privado. Ele chegou a ser preso duas vezes.
O Telegram informou que removeu mais de 25 milhões de conteúdos extremistas no final de 2024, e que esses tipos de canais são banidos sempre que aparecem.