Corupá, Guaramirim, Massaranduba e Schroeder se mobilizam para levantamento de estragos após vendaval

Por: Natália Trentini

02/07/2020 - 06:07

Os ventos atingiram toda a região com força causando estragos generalizados, afetando os municípios em praticamente todo o território. Durante toda a quarta-feira (1) as equipes de Defesa Civil estiveram levantando danos, atuando em reparos emergenciais e no auxílio da população.

Em todas as cidades houve registros de casas destelhadas, estruturas e edificações danificadas pelo vento, quedas de árvores, interrupção no fornecimento de de energia elétrica e serviço de telefonia e dificuldades para abastecimento de água.

Danos estruturais foram registrados em toda a região, como na foto feita em Guaramirim. Foto: Divulgação

O coordenador regional da Defesa Civil Osvaldo Gonçalves destaca que devido a severidade do vendaval, o cenário foi de “destruição em massa”. As equipes ainda estavam atuando na remoção dos escombros, por isso não há estimativa precisa de danos.

“Se iniciou o levantamento de prejuízos e danos junto com a parte operacional porque ainda estão sendo atendidas as pessoas afetadas”, comenta.

Gonçalves ressalta que havia um alerta para a condição, mas o fato de o vento ter canalizado a partir de Pomerode fez com que os estragos fossem maiores em todo Vale do Itapocu – se dissipando em Barra Velha. A estimativa é que a velocidade das rajadas tenha atingido 117 km/h.

Segundo a Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade), o evento climático foi um vendaval e dentro desse item a Defesa Civil pode acionar o pedido por coberturas para serem usadas no reparo de edificações públicas e privadas.

Corupá

Em Corupá a estimativa é que cerca de mil propriedades tenham registrado algum tipo de dano. Todos os bairros foram afetados, mas os registros se concentraram nas regiões de João Tozini, Rio Novo, Rio Paulo, Isabel e Pedra de Amolar.

Estragos no ginásio de esportes da Escola José Pasqualini. Foto: Divulgação/Prefeitura de Corupá

Nos espaços públicos, a situação mais grave ocorreu no ginásio da Escola Municipal José Pasqualini, no bairro João Tozini, onde telhas se soltaram e danificaram inclusive a parte interna do ginásio. Outras escolas e estruturas foram afetadas.

Guaramirim

Em Guaramirim, as estimativas iniciais são de que os ventos tenham atingido cerca de 10 mil pessoas, em torno de 30% da população. Foram casas, prédios, empresas, escolas, galpões. Como em toda região, estragos gerais.

Máquina realizando limpeza na Estrada Bananal. Foto: Divulgação/ Prefeitura de Guaramirim

Segundo o diretor interino de Defesa Civil, Ricardo Portelinha, a região da Vila Amizade foi especialmente afetada e teve o maior número de solicitações com casas destelhadas.

“Hoje foi um dia de limpeza e organização para desenvolver ações para ajudar as pessoas que tiveram suas casas afetada”, diz.

Schroeder

Até a manhã de ontem, o município seguia parcialmente apagado e com instabilidade nos serviços de telefonia, segundo a Defesa Civil. Com a força do vento, houve rompimento de fios em vários pontos e queda de postes.

A prioridade foi o auxílio emergencial a famílias que tiveram a casa destelhada, além da retirada de árvores de vias públicas e terrenos.

Schroeder registrou prejuízos por toda cidade. Foto: William Fritzke/OCP News

“Na realidade todo o município de Schroeder em algum ponto foi afetado, inclusive a agricultura”, comenta a coordenadora de Defesa Civil do município, Tânia Dantas, sobre estragos especialmente nas plantações de banana.

Massaranduba

Massaranduba amanheceu sem energia e os sistemas começaram a ser restabelecidos no meio da tarde.

O secretário de Planejamento e Meio Ambiente e coordenador da Defesa Civil, Fabiano Spezia comenta as fortes rajadas atingiram especialmente as áreas mais baixas, como Massarandubinha e Ribeirão da Lagoa, mas os estragos estruturais foram por todo o município.

Ventos chegaram a comprometer plantações inteiras. Foto: Divulgação/ Prefeitura de Massaranduba

Uma grande preocupação tem sido a destruição de plantações. “A agricultura está nos preocupando. A bananicultura, também tivemos bastantes perdas de palmáceas e alguma coisa de reflorestamento”, comenta.

“Não conseguimos ainda traduzir em quantos por centro. Tivemos produtores que perderam 100% da produção”.

 

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