Proprietário leva susto ao ter carro com GNV reprovado em vistoria. Entenda o motivo!

Por: Claudio Costa

23/08/2017 - 07:08 - Atualizada em: 24/08/2017 - 10:59

O professor de música Walter Schwartz tomou um susto quando realizou a inspeção anual do seu veículo com Gás Natural Veicular (GNV). Segundo ele, o carro não passou na vistoria porque o suporte que segura os cilindros não tem um relevo com o símbolo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Agora, além dos R$ 260 da vistoria, Walter vai ter que desembolsar mais R$ 390 para trocar a peça irregular.

“A gente cai numa armadilha. Se eu soubesse que o carro não iria passar na vistoria, eu ia encostar até ter dinheiro para mandar fazer esse serviço. Eu paguei R$ 260 para fazer a vistoria e, como não passou, tenho 30 dias para fazer a modificação. Já paguei todas as taxas para a renovação do documento do carro, mas não posso retirar o documento porque não tenho o selo”, desabafa Schwartz, ao reclamar que o custo para retirar o GNV do automóvel pode chegar a R$ 4 mil, o mesmo valor que utilizaria para colocar um sistema novo.

O suporte é produzido apenas por empresas conveniadas ao Inmetro | Foto Eduardo Montecino/OCP

O suporte em questão é produzido apenas por empresas conveniadas ao Inmetro. De acordo com Eronildes Krug, proprietária de uma empresa de conversão para GNV, os suportes que não tem o relevo com a marca do órgão não são permitidos desde 1º de março de 2015. “Você precisa ir até uma oficina homologada pelo Inmetro, onde vai ser feita a remoção do suporte e colocado um que seja autenticado” explica Eronildes, que revela que a troca custa entre R$ 400 e R$ 500, dependendo do modelo do veículo e do suporte.

Eronildes conta que a troca do suporte leva cerca de duas horas. Ela afirma que os motoristas deveriam ter feito a adequação, pois a norma está em vigor há pelo menos dois anos. “De 1º de março de 2015 até 1º de março de 2016, todos esses suportes já deveriam ter sido trocados. Também não deveria ter sido instalado nenhum outro suporte que não fosse homologado pelo Inmetro. Aparece um caso ou outro, mas é porque a inspeção deixou passar naquele ano”, aponta.