Professor que sequestrou aluna em Pomerode queria morar com a menina, diz polícia

Foto: Divulgação / PRF

Por: Luan Tamanini

28/08/2023 - 13:08 - Atualizada em: 28/08/2023 - 14:47

A Polícia Civil realizou na manhã desta segunda-feira (28), em Blumenau, uma coletiva de imprensa para divulgar detalhes do sequestro de uma menina de 12 anos em Pomerode. O crime foi cometido por um professor dela, de 55 anos, que foi preso na manhã desse domingo (27) após ser abordado em Joinville. A menina foi encontrada escondida na casa dele, no fundo falso de uma cama.

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito confessou o crime e afirmou que queria morar junto com a adolescente. Ele segue preso e passará por um audiência de custódia ainda nesta segunda-feira. Já a menina foi resgatada sem ferimentos e voltou para junto da família.

O crime

A menina desapareceu na sexta-feira (25). O delegado responsável pelo caso, Rodrigo Raitez, esteve na casa do suspeito. O homem, porém, afirmou não saber do paradeiro dela e que não a via desde o dia do desaparecimento.

Segundo as investigações, o pai dela chegou a ligar para o professor e pedir ajuda para localizá-la. O homem, porém, afirmou não saber onde ela estava, mas disse que ajudaria nas buscas. Ele chegou, inclusive, a divulgar fotos dela nas redes sociais, informando o desaparecimento.

Suspeitando do professor, a Polícia Civil representou pela busca e apreensão na casa dele, pedido que foi acatado pela Justiça. Os policiais se dirigiram até a residência dele, mas não o encontraram – assim como o carro dele. Diante da situação, arrombaram a porta e entraram na casa.

O cão farejador da polícia identificou vestígios de que a menina estaria no imóvel. Além disso, uma mochila com roupas dela foi encontrada em cima da cama. Um celular quebrado também foi achado na residência.

Os policiais então entraram em contato com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e descobriram que o carro do professor estaria transitando na região de Joinville.

O veículo acabou sendo encontrado durante a amanhã de domingo e abordado pela PRF e pela Guarda Municipal. Questionado, o professor acabou confessando o crime e disse que a menina estava na casa dele, escondida em um fundo falso em sua cama, fabricado por ele com o uso de uma serra.

Presente do professor

Conforme os investigadores, a menina teve seu celular confiscado pelos pais durante as férias escolares. O professor, porém, deu um novo aparelho para a menina. Dessa forma, os dois mantiveram contato através das redes sociais.

Com medo de ser descoberto, o professor saiu de casa na manhã de domingo e se dirigiu até a região de Joinville, onde ligou o celular e jogou o aparelho no rio. Conforme o delegado, a ideia era se desfazer do celular e despistar a polícia, indicando que a menina estaria pela região, e não mais em Pomerode.

Ao retornar para casa, porém, se deparou com a residência rodeada pelos policiais. Achando que a menina havia sido encontrada, ele então decide retornar para a região de Joinville e fugir.

“Ele não sabia o que fazer”, disse o delegado. “Até pensou em ir para Curitiba, ficar no apartamento do filho, para pensar no que fazer, se ia se entregar, continuar foragido ou se iria para outro lugar. Foi nesse momento que ele foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal e Guarda Municipal”.

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