Nesta segunda-feira (28), a Polícia Civil deflagrou a operação “Wallet” contra um grupo suspeito de utilizar os valores obtidos com o tráfico de drogas para comprar criptomoedas.
Na ação foram cumpridas diversas ordens judiciais: bloqueio de 16 carteiras (Wallets) de criptomoedas; 32 mandados de busca e apreensão; 17 mandados de prisão; bloqueios de 15 contas bancárias de empresas; e apreensão de veículos.
Além disso, os policiais realizaram quatro prisões em flagrante. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Florianópolis, São José, Biguaçu, Imbituba, Camboriú, Navegantes.
A operação contou com a participação de 120 policiais e 45 viaturas.

Foto: Polícia Civil/Divulgação
De acordo com o delegado Claudio Monteiro, há grande probabilidade de um dos alvos, preso em sua residência nesta manhã em Imbituba, ser integrante da quadrilha que alicia pessoas para fazer o transporte das drogas para destinos Internacionais, como Austrália, Tailândia e Europa.
“Inclusive a brasileira que saiu de Santa Catarina e foi condenada a 11 anos de prisão pode ter sido enviada por este grupo que estamos investigando”, disse.
Na casa do investigado foram apreendidas estufas, pés de maconha e maconha pronta para consumo, além de diversas malas. “Ele faz um trabalho artesanal para ocultar drogas em malas”, contou.
O diretor da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Daniel Régis, disse que uma operação como a Wallet é motivo de orgulho para a instituição. “Esse tipo de trabalho mostra a qualidade das especializadas da Deic e dos nossos policiais da PCSC. Vamos continuar trabalhando forte para combater cada vez mais o crime organizado em SC”, assinalou.

Foto: Polícia Civil/Divulgação
A investigação
No ano de 2019, a mesma organização já havia sido presa pela Polícia Civil com grande quantidade de cocaína, drogas sintéticas, malas de viagem preparadas com aproximadamente 5 quilos de cocaína cada e prensa para produção de droga sintética.
A investigação da operação Wallet se iniciou no ano de 2022 após informações de que o mesmo grupo preso em 2019 continuava atuando fortemente no tráfico de drogas e envio de cocaína em malas de viagem.
No decorrer da investigação foi levantada ainda a suspeita do grupo ser o responsável pelo envio da cidadã brasileira que foi presa na Indonésia, em dezembro de 2022, com uma mala contendo cocaína em fundo falso.