Um caso de possíveis maus-tratos contra um animal mobilizou autoridades e gerou grande repercussão em Jaraguá do Sul. A denúncia envolve a Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) e uma médica veterinária vinculada ao órgão, acusada de abandonar um cão atropelado em via pública após um atendimento inicial.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado em 23 de julho de 2025, um cão da raça Poodle foi atropelado em frente ao Hospital Veterinário Amizade. O animal apresentava sangramentos e foi socorrido por uma munícipe, que o levou imediatamente para atendimento de emergência.
A equipe do hospital entrou em contato com a Fujama, responsável pelo resgate de animais de rua em situação de risco. Segundo relato da médica veterinária Daniela Brecht de Freitas, que denunciou o caso à polícia, inicialmente o órgão orientou que o animal permanecesse no hospital até a chegada de um representante da clínica conveniada com a Prefeitura de Jaraguá do Sul.
Um funcionário de uma clínica, no entanto, recusou-se a levar o cão, afirmando que não se tratava de uma emergência. Após uma vídeo-chamada com uma veterinária da Fujama, a situação foi classificada como não urgente. A profissional compareceu em seguida ao hospital e, depois de realizar uma avaliação superficial, determinou que estado do animal não era grave e ele foi devolvido à rua.
Imagens da câmera de segurança do hospital registraram o momento em que o cão foi retirado do interior da unidade e colocado novamente na via. A denúncia aponta que o cão permaneceu desorientado e em risco de ser atropelado novamente. Posteriormente o Poodle foi resgatado pela equipe do hospital.
O caso foi formalizado como maus-tratos com base na Lei Federal 9.605/1998, que trata dos crimes ambientais, incluindo crueldade contra animais.
O presidente da Fujama, Anderson Kassner, informou que o órgão vai aguardar a conclusão do inquérito policial antes de adotar medidas administrativas cabíveis ao caso.
A Polícia Civil investiga a ocorrência.