Polícia Federal inicia investigação de sequestro de helicóptero em Joinville

Por: OCP News Jaraguá do Sul

09/03/2018 - 13:03 - Atualizada em: 09/03/2018 - 22:30

A Polícia Federal (PF) assumiu a investigação da queda do helicóptero em Joinville. A Polícia Civil repassou a investigação criminal do sequestro seguido de acidente para os agentes federais. Por volta das 10h desta sexta-feira (9), a PF estava no local da queda fazendo o trabalho de levantamento fotográfico. Uma nota à imprensa deve ser emitida durante a tarde. Segundo informações repassadas pela empresa Avalon Táxi Aéreo, a cabine não teria gravador de voz. A equipe da Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e o IGP (Instituto Geral de Perícias) de Florianópolis também estão no local da queda do helicóptero desde o fim da manhã desta sexta-feira.

Três das quatro vítimas da queda de um helicóptero na quinta-feira (8) no bairro Paranaguamirim, na zona Sul de Joinville, já foram identificadas. O piloto é Antônio Mário Aguiar, 57 anos. O auxiliar de voo foi identificado como Bruno Siqueira, 20 anos. Os nomes foram confirmados pela Avalon Táxi Aéreo, empresa proprietária do helicóptero. Uma das vítimas ainda não havia sido identificada na manhã desta sexta-feira. Os corpos continuavam no IML de Joinville.

Até por volta das 9h30, Daniel da Silva, de 18 anos, quarta vítima e único sobrevivente do acidente, permanecia internado sob custódia no Hospital São José. O estado dele é delicado, segundo o hospital. Daniel tem antecedentes criminais por tráfico de drogas e cumpria pena no regime semiaberto. Ele deixou recentemente o Presídio Regional de Joinville.

O crime aconteceu nesta quinta-feira (8). Após a decolagem, os criminosos renderam o piloto, Antônio Mario Aguiar, e o obrigaram a seguir até Joinville. Nem a torre de comando da Infraero de Navegantes nem a de Joinville foram informadas do novo plano de voo do piloto, o que reforça a tese do sequestro. Além disso, Antônio conseguiu acionar um equipamento do helicóptero que envia mensagens a torre de comando da Infraero de Curitiba em caso de sequestros. A principal hipótese é a que os criminosos utilizariam a aeronave para resgatar um detento no presídio de Joinville.