A Polícia Federal deflagrou a Operação Shipping Box em Jaraguá do Sul, Joinville e outras 13 cidades.
A ação contra o tráfico internacional de drogas contou com o apoio da Receita Federal e foi realizada nos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.
O objetivo da operação é desmantelar uma grande organização criminosa voltada para o crime de tráfico internacional de drogas.
Os traficantes realizaram remessas de grandes cargas de cocaína a partir de diversos portos do Brasil.
Durante as investigações, foram apreendidas seis toneladas de cocaína e oito pessoas presas em flagrante.
Cerca de 250 policiais estão cumprindo 34 mandados de prisão e 50 mandados de busca e apreensão, em 15 cidades nos estados de Santa Catarina (Joinville, Itapoá, Jaraguá do Sul, São Francisco do Sul, Itajaí, Navegantes, Balneário Piçarras, Barra Velha, Itapema, Canelinhas e Criciúma), Paraná (Paranaguá), Rio Grande do Sul (Rio Grande), São Paulo (Mogi Mirim) e Rio de Janeiro (Cabo Frio).
De acordo com a investigação da PF, para embarcar as drogas, a organização criminosa realizava diversas ações.
Funcionários dos portos eram cooptados para facilitar a entrada do entorpecente e falsos em caminhões eram criados para o transporte de traficantes e cargas de drogas para dentro do ambiente portuário.
Além disso, os criminosos criaram empresas de logística de carregamento e transporte de contêineres para atrair a exportação de cargas lícitas que ensejassem a oportunidade de enxerto e embarque de cocaína.
Parte das cargas de cocaína que vinham da Bolívia eram inseridas em contêineres a bordo de navios para a Europa.
A outra parte era pulverizada para abastecer organizações criminosas dedicadas ao tráfico para consumo interno.
Dando cumprimento à diretriz da PF no sentido da desarticulação patrimonial do crime organizado, estão sendo sequestrados 68 veículos, 23 imóveis e 2 embarcações, bem como sendo realizado o bloqueio de 30 contas bancárias de vários investigados.
A PF já detectou, em meio ao tráfico, indicativos de um esquema de lavagem de dinheiro por alguns dos investigados através da constituição de empresas fictícias e aquisição de ativos como ouro e até mesmo de criptomoedas.
Nos autos do inquérito policial instaurado para a apuração dos fatos, os investigados responderão pelos crimes de tráfico de drogas e formação de organização criminosa, cujas penas máximas somadas ultrapassam 30 anos de reclusão.
Os presos serão conduzidos às sedes da PF em Joinville e Itajaí, onde serão interrogados para, posteriormente, serem levados ao presídio regional de Joinville.