Polícia Civil prende envolvidos em esquema de pirâmide financeira em Santa Catarina

Por: Gabriel Junior

11/10/2017 - 22:10 - Atualizada em: 11/10/2017 - 22:53

Nesta terça-feira (10), a Delegacia de Polícia de Seara, no Oeste de Santa Catarina, desencadeou uma operação denominada “Dinheiro Sujo”, que visa coibir esquemas de pirâmides financeiras difundidos a partir de aplicativos de celular. Investigações já estão sendo feitas nas Regionais de Concórdia e São Miguel do Oeste.

Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos – um deles em Concórdia, outros cinco em Seara.  Sete pessoas foram conduzidas à Delegacia e três delas foram presas em flagrante por crimes contra a economia popular e associação criminosa. Também foi apreendido celulares, agendas, recibos, extratos bancários, fotografias e outros documentos. De acordo com o Delegado responsável pelo caso, há muitas vítimas que ainda não procuraram a Polícia Civil e que podem procurar a Delegacia mais próxima para registrar inquéritos.

O esquema aplicado é um sistema de pirâmide conhecido como “Giro Solidário” ou “Ajuda Mútua”, em que pessoas são aliciadas a participar com contribuição em dinheiro, através de grupos de whatsapp, diante da promessa de ganhar pelo menos oito vezes o valor investido.

Em São Miguel do Oeste, a Polícia Civil já identificou participantes e aliciadores, que agora são alvos de investigação criminal. Nesta semana, cumpriu-se diligências, as quais resultaram na apreensão de celulares de suspeitos, cujo conteúdo comprova a prática do crime, aponta outros criminosos e vítimas do esquema. Também houve quebra de sigilo bancário e bloqueio de bens.

Entenda a pirâmide financeira

Segundo as investigações, a pirâmide exige que os interessados contribuam com R$ 125,00 e angariem novos participantes para o grupo, que também passam a contribuir. Apurou-se que, dentro de alguns grupos, uma mesma pessoa utilizava nomes e telefones diferentes, o que tornava a exploração ainda mais nefasta.

A Polícia Civil adverte que atividades desta natureza caracterizam crime e podem, portanto, resultar em responsabilização por parte daqueles que a promovem. Quem tiver conhecimento de fatos semelhantes e ou sentiu-se enganado por integrar quaisquer grupos de “Ajuda Mutua” ou “Giro Solidário” deve procurar a Polícia Civil de sua cidade e relatar o fato.