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A Polícia Civil encerrou, no fim do mês de novembro, o inquérito sobre a morte do aposentado João Fernando Monteiro, de 48 anos, em Guaramirim. Monteiro estava de posse de duas armas de fogo e foi morto durante uma abordagem da Polícia Militar na rua Egídio Roberto Freitas, na localidade conhecida como Buraco Quente. De acordo com o delegado Wanderson Alves Joana, que presidiu o inquérito, os dois policiais militares que participaram da ação agiram em legítima defesa. Wanderson sugeriu ao Ministério Público o arquivamento do processo.
“Foi feita uma investigação cronológica, desde a confusão no bar até o momento da abordagem feita pelos policiais militares. Naquela noite, ele quebrou uma das mesas e entrou em luta corporal com a pessoa que ele ameaçou de morte. Ouvimos essa pessoa, a dona do bar, os policiais militares e também a filha dele. Houve a verbalização por parte dos policiais, tanto que largou a maior e ficou com a menor, e, em dado momento, ele esboçou uma pequena reação. Foi quando os dois PMs atiraram”, explica o delegado. “Em um momento de tensão, ninguém vai ficar esperando o outro atirar”, completa.
O delegado destaca que o laudo produzido pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) apontou que as duas armas que estavam de posse do aposentado, uma pistola calibre .380 e uma garrucha calibre 36, estavam em perfeitas condições de uso e prontas para o disparo. O exame cadavérico também realizado pelo IGP apontou que foram feitos cinco disparos pelos dois policiais militares, ou seja, não houve excesso no número de tiros.
Monteiro não tinha antecedentes criminais, mas cometeu pelo menos crimes na noite em que foi morto. Segundo a investigação da Polícia Civil, ele ameaçou um homem de morte e, depois, estava portando duas armas ilegais na rua. Se não fosse a intervenção da Polícia Militar, o aposentado poderia ter cometido um homicídio ou mesmo matar pessoas que, por acaso, fossem interferir na ação que Monteiro pretendia cometer.
“Foi o último recurso, não havia outro recurso. A Polícia Militar o abordou em um momento em que estava embriagado, em um estado de nervosismo porque tinha acabado de se envolver em uma briga. Mesmo que as armas estivessem regularizadas, ninguém pode portar uma arma de fogo em estado de embriaguez. Para uma pessoa que tem autorização, não pode. Imagina no caso dele que nem tinha autorização. Ele iria ser preso naquele momento”, frisa.
A Polícia Militar não quis se manifestar sobre o resultado da investigação.
Briga de bar terminou com a morte de aposentado
A Polícia Militar foi chamada por volta das 20h do dia 15 de novembro para verificar uma briga de bar. De acordo com a PM, uma pessoa ligou para o 190 repassando as características de Monteiro e dizendo ter ouvido no bar que ele iria buscar uma arma em casa. A causa da desavença não foi informada. Uma guarnição chegou ao bar no mesmo momento em que Monteiro chegava de volta com uma garrucha artesanal calibre 36.
Ao ouvir a voz de prisão, ele correu para a sua casa, localizada a uns 100 metros do bar. O aposentado já estava no jardim de casa e parou diante de uma nova ordem para largar a arma. Neste momento, ainda segundo a PM, ele largou a garrucha e sacou uma pistola que carregava na cintura. Aí, as versões divergem. Segundo a PM, ele apontou a arma contra os policiais.
A família afirma que ele estava pegando a pistola para jogar no chão, como o fez com a outra arma. Então, os policiais revidaram a suposta ameaça com disparos de arma de fogo.
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