A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Schroeder, deflagrou na manhã desta terça-feira (11) uma operação contra um esquema sofisticado de estelionato que, segundo as investigações, movimentou aproximadamente R$ 34 milhões em diversas cidades do Norte do Estado. A ação foi coordenada pelo delegado Evandro Luís Oliveira de Abreu.
Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, além de mandados de busca e apreensão nos endereços ligados aos suspeitos. A investigação também resultou em bloqueios de bens e contas bancárias, incluindo plataformas de apostas online.
Esquema envolvia promessa de liberação de valores retidos
De acordo com a Polícia Civil, os dois investigados abordavam as vítimas alegando possuir um contrato com uma suposta fintech, que teria cerca de R$ 4 milhões bloqueados judicialmente. Para liberar esse valor, afirmavam que seriam necessários pagamentos de taxas, como IOF, tarifas bancárias e outros encargos fictícios.
As vítimas, acreditando na promessa de retorno financeiro, realizavam os depósitos solicitados. Somente em Schroeder, o prejuízo causado gira em torno de R$ 7 milhões.
Dinheiro era usado em apostas online
Conforme revelado pela investigação, os valores obtidos não tinham qualquer relação com o contrato alegado pelos suspeitos. O dinheiro era desviado para apostas em cassinos digitais.
Diante disso, a Polícia Civil solicitou – e a Justiça autorizou – uma série de medidas cautelares:
Bloqueio de contas bancárias e bens dos suspeitos;
Quebra de sigilo bancário;
Bloqueio de contas em sites de apostas online.
Apoio e desdobramentos
A operação contou com o apoio de policiais das Delegacias de Maé e Irineópolis, e foi resultado de um trabalho técnico e minucioso, com representações judiciais complexas.
Segundo o delegado Evandro Abreu, a operação representa uma resposta firme ao crime financeiro:
“Conseguimos não apenas identificar os autores, mas também rastrear o destino do dinheiro, utilizado para financiar apostas online. As medidas de bloqueio são fundamentais para buscar o ressarcimento das vítimas.”
Os dois suspeitos foram encaminhados ao sistema prisional e permanecem à disposição da Justiça. Eles responderão pelo crime de estelionato.