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Polícia Civil de SC deflagra operação contra grupo que desviou mais de R$ 2 milhões

Operação teve início nesta quarta-feira (6) em Santa Catarina — Foto: PCSC/Divulgação

Por: Pedro Leal

06/07/2022 - 16:07 - Atualizada em: 06/07/2022 - 16:14

De modo a coibir o crime de lavagem de dinheiro e de buscar a despatrimonialização de um grupo criminoso que vinha praticando estelionatos e fraudes na emissão de duplicatas, a PCSC (Polícia Civil de Santa Catarina) deflagrou nesta quarta-feira (6) a Operação Stretch.

As duplicatas são um título de crédito, pelo qual o devedor se obriga a efetuar o pagamento do valor representado na fatura dentro do prazo estabelecido; o grupo simulava a venda, emitia a duplicata com o comprometimento de pagamento por parte dos clientes, mas não fazia a entrega do produto.

As duplicatas fraudulentas eram usadas para dar legitimidade a recursos “sujos” e para desviar valores de outras empresas.

Ao todo, estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em três Estados e seis municípios, além do sequestro de veículos, imóveis e ativos financeiros dos criminosos. Em Santa Catarina, os mandados são destinados às cidades de São José e Florianópolis.

A operação conta ainda com as polícias civis da Bahia, nos municípios de Salvador, Camaçari e Lauro de Freitas, e em São Paulo no município de Votuporanga. Foi estimado pelos órgãos que os criminosos causaram até hoje um prejuízo aproximado de R$ 2 milhões

Investigações preliminares identificaram que um ex-funcionário de uma empresa de logística, com ajuda de um empresário, simulou a venda de insumos, recebeu o pagamento, emitiu as duplicatas, mas não realizou a entrega do produto de fato.

De acordo com a PCSC, os valores foram distribuídos em múltiplas contas, entre pessoas físicas e jurídicas, a fim de ocultar e dissimular o crime. O dinheiro também chegou a ser usado para compra de bens de luxo, veículos importados e pagamentos de viagens.

Com isso, as medidas tomadas hoje pelos policiais visam apreender documentos capazes de revelar as estratégias de ocultação e dissimulação de bens e valores, além de apurar a real situação do patrimônio sem rastros, e identificar outros bens que não haviam sido identificados.

A Operação Stretch foi realizada pela Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais, com apoio operacional da Delegacia de crimes Fazendários, Delegacia de Combate à Corrupção e da Defraudações.

Toda a ação teve suporte técnico do Laboratório de Tecnologia em Lavagem de Capitais.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).