Uma ameaça de ataque a uma escola no estado do Rio de Janeiro foi detectada pela Polícia Civil carioca e impedida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. . O crime estava previsto para ser executado nesta quinta-feira (6).
Após serem acionadas pela PC do Rio, equipes do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), vinculada ao ministério, identificaram que a ameaça partia da cidade de Cabo Frio (RJ).
Com as informações obtidas, a Polícia Civil conseguiu identificar e apreender o adolescente suspeito, que teria divulgado a ação em suas redes sociais.
“A tecnologia se torna cada vez mais fundamental para a resolução de crimes. Neste caso, a ação rápida e conjunta entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Polícia Civil do Rio evitou uma tragédia. Esse é o nosso compromisso com a sociedade”, afirmou o ministro Anderson Torres.
Segundo o delegado de Polícia Civil de Cabo Frio, Carlos Eduardo Almeida, a informação chegou por volta das 22h de quarta-feira (5) e a operação foi montada para a manhã seguinte pela 126ª DP.
“As equipes foram até o local apontado nessas informações. Fomos recebidos pela mãe do adolescente. Na busca, conseguimos encontrar todo o material que estava sendo postado pelo adolescente em uma plataforma de rede social”, explicou.
Em uma das mensagens postadas, o menor apreendido dizia ter começado a planejar o ataque no dia 4 de maio e iria realizar o ato dois dias depois, ou seja, nesta quinta-feira (6).
A intenção seria atacar na hora do recreio, no mesmo horário do atentado em Realengo.
O internauta afirmou que mataria um professor e dois funcionários da escola, além de alunos e que faria isso com uma arma branca e coquetéis molotov.
Na residência do suspeito foram encontrados material para fabricação de coquetel molotov, desenhos que simulavam a ação contra a escola, além de outros artefatos.
O perfil que o usuário utilizava nas redes sociais tinha a imagem de Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre de Realengo (RJ), ocorrido em abril de 2011.
“Cada vez mais a tecnologia é empregada para a prática de crimes. Tecnologias ofertadas com fins lícitos são empregadas de forma criminosa. A apreensão do adolescente, após a publicação de ameaças de ataques em redes sociais a uma escola na cidade de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, demonstra uma ação oportuna da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Ministério da Justiça e Segurança Pública para reprimir crimes praticados na internet com reflexos no meio físico”, afirmou o coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas do MJSP, Alesandro Barreto.