Nesta semana, o 14º BPM (Batalhão de Polícia Militar), Jaraguá do Sul, recebeu o estágio da segunda edição do Cotam (Curso de Operações Táticas com Motocicletas). Os 23 policiais militares que atuaram no treinamento passam por 60 dias de instruções em 500 horas/aula desenvolvidas e ministradas pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar.
Os instrutores do curso atuam no Gtam (Grupo Tático em Ações Motociclísticas), a 2ª Companhia do Batalhão de Choque. O Cotam forma o cavaleiro de aço, policial militar especialista no motopatrulhamento tático e pilotagem de alto risco, a elite na modalidade de policiamento.
“O cavaleiro de aço, após concluir o Cotam, torna-se guardião, especialista e defensor da doutrina de motopatrulhamento tático e pilotagem de alto risco, da qual tem grande responsabilidade em repassar os conhecimentos adquiridos, contribuir para o crescimento, além de jurar fidelidade à doutrina”, comenta o comandante do Gtam, Felipe Comiran Caselli.
Os cavaleiros de aço são forjados em situação de internato. Segundo o oficial, o curso tem basicamente duas fases. Na primeira, de 21 dias, é formado o operador tático. Nessa parte, o policial recebe treinamento para operar dentro da mais específica doutrina de operações táticas.
Os alunos tiveram instruções técnicas e táticas individuais e em equipe tática não envolvendo pilotagem em duas rodas, como marcha policial, patrulha rural, conduta de patrulha urbana, patrulhamento tático, primeira intervenção em ocorrência de crise, gestão de multidão e saúde física militar.
A segunda fase é a de pilotagem, onde é formado o piloto policial militar. Os alunos tiveram instruções teóricas e práticas com técnicas e táticas utilizando motocicletas, que é a especialidade do operador de motopatrulhamento tático.
Os policiais militares passaram por instruções de mecânica, doutrina de motopatrulhamento tático, pilotagem defensiva policial, rápida resposta a distúrbio, fundamento tático entre garupa e atirador, abordagem por equipes de motopatrulhamento tático, pilotagem de alto risco, pilotagem fora de estrada, tiro policial, tiro no motopatrulhamento tático e escolta tática.
“O estágio operacional está se desenvolvendo de forma itinerante por Santa Catarina. É quando se busca oportunizar que o futuro cavaleiro de aço opere nos mais variados municípios catarinenses, conhecendo as peculiaridades de cada local ou região. A ideia é que o aluno do Cotam opere dentro da doutrina de motopatrulhamento tático nas mais variadas regiões do Estado”, frisa.
“É o momento de colocar em prática todo o conhecimento recebido nos últimos 60 dias. É o momento de operar como time tático nas ocorrências de maior vulto, assim como preservar a ordem pública, quando em patrulhamento preventivo”, completa.
Caselli destaca que é importante diferenciar os rocanianos, policiais militares que atuam com motocicletas, dos cavaleiros de aço. Os rocanianos atuam na Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio e Motocicletas) nos diferents batalhões. O cavaleiro de aço é utilizado apenas para o PMs formados no Cotam, especialistas e instrutores da modalidade de policiamento.
“Cresce muito a Rocam que possuir policial formado no nosso curso, uma vez que esse é o curso da elite do motopoliciamento tático de Santa Catarina”, finaliza.