PF prende no Brasil homem apontado como o principal contrabandista de migrantes do mundo

Foto: Polícia Federal/Divulgação

Por: Thomas Madrigano

01/11/2019 - 11:11 - Atualizada em: 01/11/2019 - 11:56

A Polícia Federal prendeu, na última quinta-feira (31), o homem apontado como o principal contrabandista de migrantes do mundo. Saifullah Al Mamun foi encontrado no bairro Brás, em São Paulo, onde vive há seis anos.

 

 

Além dele, outros suspeitos foram presos – ao total, foram cumpridos oito mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão. Os inquéritos policiais iniciaram em maio de 2018, após cooperação entre a PF e a Agência Norte-americana de Imigração.

Na ocasião, os policiais brasileiros foram informados de que estrangeiros – que viviam em São Paulo – estariam liderando uma organização criminosa voltada à promoção de migração ilegal para os Estados Unidos.

A maioria dos migrantes ilegais eram oriundos de países do Sul da Ásia, como: Afeganistão, Bangladesh, Índia, Nepal e Paquistão.

O trajeto

Eles chegavam ao Brasil pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e, após serem recebidos pela organização criminosa, seguiam para Rio Branco, no Acre.

De lá, atravessavam a fronteira com o Peru e prosseguiam – de ônibus, barco, carona e a pé – até a fronteira do México com os Estados Unidos. O trajeto completo envolvia os seguintes países: Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Honduras, Nicarágua, El Salvador, Guatemala e México.

Maus-tratos

De acordo com a PF, os migrantes, durante o tempo em que permaneciam em São Paulo, sofriam maus-tratos – cárcere privado, agressões físicas e psicológicas.

Ademais, a organização criminosa é apontada como sendo responsável pela migração ilegal de oito bengaleses que, em junho deste ano, foram sequestrados por cartéis de drogas mexicanos, na cidade de Nuevo Laredo, já na fronteira do México com os Estados Unidos.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de contrabando de migrantes (qualificado pela submissão a condições desumanas e degradantes), lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas de 3 a 10 anos de prisão, sem prejuízo de responderem por outros crimes que possam ser descobertos ao longo da investigação.

 

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