PF e Receita deflagram contra o tráfico internacional de drogas no Porto de Paranaguá/PR

Divulgação/Receita Federal/Polícia Federal

Por: Pedro Leal

13/07/2023 - 08:07 - Atualizada em: 13/07/2023 - 08:32

A Polícia Federal e a Receita Federal deflagram nesta quinta-feira (13/07) a Operação Woodpecker, contra um grupo criminoso responsável por ações de tráfico internacional de drogas pelo Porto de Paranaguá/PR.

Os carregamentos de cocaína eram escondidos em cargas de madeira para exportação.

Estão sendo cumpridos sete mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão em endereços situados nas cidades de Paranaguá/PR, Pontal do Paraná/PR, Balneário Camboriú/SC e Guarujá/SP.

Também foram decretadas medidas patrimoniais de sequestro de imóveis, bloqueio de bens e valores existentes nas contas bancárias e aplicações financeiras das pessoas físicas e jurídicas investigadas.

As investigações revelaram que os integrantes do grupo criminoso eram vinculados a uma empresa que realizava o transporte de contêineres com cargas de madeira até o Porto de Paranaguá para serem exportadas.

Os investigados manipulavam os agendamentos de entrada dos caminhões da empresa no referido porto com a intenção de retardar a descarga dos contêineres, e no interim, o grupo criminoso efetuava a ocultação dos carregamentos de cocaína no interior das cargas de madeira.

O atraso na descarga dos contêineres tinha como finalidade ganhar tempo hábil para concretizarem a ação criminosa, segundo a Polícia Federal. Os contêires eram levados para locais onde eram abertos, desmontados os paletes de madeira e serradas as tábuas para o preparo dos compartimentos ocultos e acondicionamento da droga, depois as tábuas eram novamente arqueadas e os paletes remontados.

Concluído o preparo da carga com a droga, o contêiner era transportado até o Porto de Paranaguá/PR para ser remetido ao exterior.

O método tem consequências graves para o comércio exterior e para empresas idôneas que atuam nesta atividade, pois danificam a carga lícita para colocação dissimulada da droga.

Foram identificadas pelo menos cinco apreensões de droga vinculadas a atuação do grupo investigado, totalizando mais de três toneladas de cocaína.

As investigações também constaram que alguns dos integrantes estavam aplicando os recursos auferidos com tráfico internacional de drogas no setor imobiliário, em especial adquirindo e construindo imóveis para locação, proporcionando, assim, rendimentos mensais com aparência lícita.

Os investigados na operação responderão, cada qual dentro da sua esfera de responsabilidade, pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de drogas e associação para fins de tráfico, com penas que podem chegar a 50 anos de reclusão.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).