Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

PF desmonta esquema de mais de R$ 200 milhões em investimentos fraudulentos na bolsa com vítimas em SC

Divulgação/Polícia Federal

Por: Pedro Leal

28/07/2022 - 09:07 - Atualizada em: 28/07/2022 - 09:47

Uma operação da Polícia Federal (PF) está investigando um grupo criminoso que arrecadou mais de R$ 200 milhões em um golpe do falso investimento na bolsa de valores. Mandados de busca e apreensão são cumpridos na manhã desta quinta-feira (28), no Paraná e em São Paulo. As informações são do Portal G1.

A sede da empresa comandada pelo grupo fica em Umuarama, no noroeste do Paraná, de acordo com a PF. Agentes cumpriram mandados em unidades da Sentinel Bank.

Segundo as investigações, o grupo prometia investimentos com lucro acima do mercado. No entanto, os valores entregues pelas vítimas não eram totalmente aplicados e resultavam em prejuízos.

A PF contabilizou milhares de vítimas nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.

Os investimentos mínimos feitos eram de R$ 1 mil. Entretanto, há vítimas que investiram mais de R$ 1 milhão.

A polícia informou que o grupo usava 22 empresas que não eram autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os valores eram depositados e, depois, transferidos parcialmente para contas de membros do grupo.

Além disso, o esquema contava com contratos de investimento coletivo em nome de empresa de fachada, que não tinham registro na CVM e sem garantias, conforme a PF.

Com o passar do tempo, os suspeitos não conseguiram mais honrar com os lucros prometidos.

As investigações começaram em 2021, quando a polícia identificou filiais das supostas empresas que faziam os investimentos na bolsa em cidades da região da fronteira, como Umuarama, Douradina e Guaíra.

Os líderes dos grupos ostentavam veículos de luxo, incompatíveis com a renda declarada, segundo a PF.

A Operação Traders é comandada pela Delegacia de Polícia Federal de Guaíra, na região oeste do Paraná. Ao todo, a Justiça expediu 17 mandados de busca e apreensão, que são cumpridos em Umuarama, Guaíra, Douradina, Foz do Iguaçu, Curitiba e Taboão da Serra (SP).

A Justiça também determinou o sequestro de automóveis, imóveis e criptoativos.

Os suspeitos podem responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, contra o mercado de capitais, contra a economia popular, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).