PF apreende documentos em operação que investiga senador Paulo Bauer

A PF (Polícia Federal) de Joinville confirmou nesta terça-feira (14) que cumpriu mandado de busca e apreensão em uma empresa de Araquari. A ação foi na manhã da última segunda (13). Ela fez parte de um desdobramento da Operação Lava Jato, relacionada ao caso Hypermarcas e investiga condutas do senador, e pré-candidato ao governo de Santa Catarina, Paulo Bauer (PSDB).

Bauer foi citado durante uma delação premiada de Nelson Melo, ex-diretor da Hypermarcas. De acordo com Melo a empresa celebrou contratos fictícios, sem prestar serviços, para o pagamento de vantagens indevidas a Bauer, entre os anos de 2013 e 2015. Os contratos teriam somado a quantia R$ 11,5 milhões.

O mandado de busca e apreensão foi na empresa Icatu – especializada em engenharia e saneamento básico – de Araquari. De acordo com o jornalista Marcelo Lula, do portal SC em Pauta, a Polícia Federal procuravam pelo empresário Nereu Martinelli.

Martinelli foi proprietário da Icatu, mas há cerca de dois anos e meio vendeu a empresa para Londry Turra. Vários documentos foram recolhidos e o atual dono da empresa, Londry Turra, se colocou à disposição para prestar esclarecimentos na Polícia Federal de Joinville.

Ainda conforme o jornalista Marcelo Lula, também estão sendo investigados o escritório de advocacia Prade & Prade Advogados, e o Instituto Paraná Pesquisas. A PF apura se eles teriam forjado contratos de prestação de serviço, para aparentemente esquentar o dinheiro da Hypermarcas que seria repassado a Bauer.

Contrapontos

Paulo Bauer

Em nota a assessoria do senador informou às investigações inerentes ao inquérito que tramita na Procuradoria Geral da República, em Brasília, no qual foi citado tramita normalmente na Procuradoria Geral da República e na Polícia Federal. Até a presente data o senador não foi convocado pelas autoridades legais a prestar quaisquer esclarecimentos ou informações. Ele reitera que apoia integralmente as ações legais, pois tem a convicção de que, ao final dos procedimentos, restará comprovada sua inocência.

Nereu Martinelli

A equipe de reportagem da Rede OCP News tentou contato com Nereu Martinelli mas até o fechamento da matéria a assessoria do empresário não havia retornado o pedido de entrevista. Para o jornalista Marcelo Lula, do portal SC em Pauta, Nereu Martinelli disse que vendeu a empresa em 2016 e, que somente irá se pronunciar caso seja notificado.

Londry Turra

O empresário Londry Turra declarou que comprou a empresa há cerca de dois anos, e que investigação da Polícia Federal diz respeito a antiga administração. Ele confirmou a visita dos policiais nesta segunda-feira (13) e disse estar à disposição das autoridades para prestar todo e qualquer esclarecimento. Londry Turra também se dispôs a prestar depoimento voluntariamente à PF e fornecer todos os acessos a documentos fiscais e transações financeiras da atual administração.

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