Perícia causa reviravolta no caso de bebê que foi retirada de caixão após suspeita de sinais vitais em SC

Foto: Reprodução

Por: Luana Maia

21/10/2024 - 14:10 - Atualizada em: 21/10/2024 - 14:50

Um bebê foi retirado do caixão após suspeita de sinais vitais em Santa Catarina.

O caso aconteceu no sábado (19), durante o velório de Kiara Crislayne de Moura dos Santos, de 8 meses, em Correia Pinto.

Durante o velório, familiares e amigos notaram que a temperatura do corpo da criança se mantinha estável e que ela chegou a mexer as mãos.

Em pânico, chamaram os bombeiros, que, ao chegarem ao local, detectaram sinais de vida, como batimentos cardíacos fracos e a ausência de rigidez nas pernas.

Rapidamente, a pequena foi levada de volta ao hospital onde havia sido declarada morta horas antes.

No entanto, o resultado do eletrocardiograma realizado pelos médicos trouxe mais uma vez a confirmação de que Kiara não tinha mais sinais elétricos de vida.

A comoção tomou conta da cidade e a história de Kiara rapidamente se espalhou pelas redes sociais.

Imagens e relatos inundaram a internet, e o país acompanhava com o coração apertado o desfecho deste que parecia ser um milagre.

No entanto, a reviravolta veio com a divulgação do laudo cadavérico solicitado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

Segundo o laudo, Kiara já estava morta durante todo o velório, e os sinais de vida observados pelos bombeiros e familiares não eram reais.

O documento apontou que a percepção de calor no corpo da criança e os batimentos registrados pelo oxímetro poderiam ser explicados por uma combinação de fatores, como o ambiente quente e a atividade dos gases internos no corpo após a morte.

Além disso, as pupilas contraídas e não reagentes, bem como os edemas no pescoço e atrás das orelhas, reforçaram os indícios de que a morte já havia ocorrido horas antes, por volta das 3h da madrugada de sábado.

Para o promotor Marcus Vinicius dos Santos, responsável pelo caso, a conclusão do laudo cadavérico é fundamental para esclarecer os fatos e verificar se houve negligência no atendimento médico desde o primeiro diagnóstico.

A família levou Kiara ao hospital dois dias antes, com suspeita de virose.

O médico que a atendeu diagnosticou a criança com uma infecção bacteriana e, após seu estado piorar, declarou sua morte por asfixia, o que gerou dúvidas entre os familiares.

Agora, o MPSC aguarda a finalização de outro laudo, o anatomopatológico, que determinará a causa exata da morte da bebê e trará respostas definitivas sobre possíveis falhas no atendimento médico.

Para Cristiano Santos, pai de Kiara, a dor da perda se mistura com o sentimento de impotência. “Tivemos um fio de esperança que foi arrancado. Só queremos respostas”, desabafou.

*Com informações do Jornal Razão

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Luana Maia

Estudante de jornalismo e estagiária do OCP News